As mães trazem consigo tradições familiares e transmitem às novas gerações, de maneira carinhosa, um importante legado familiar.
As mães trazem consigo tradições familiares e transmitem às novas gerações, de maneira carinhosa, um importante legado familiar.| Foto: Shutterstock
  • Por Unimed e Bluem
  • 03/05/2024 16:10

Cada vez mais conectados ao mundo, padronizamos nosso estilo de vida, nossa maneira de trabalhar, de nos alimentar, de nos entreter e até mesmo de descansar.

Nem a casa em que moramos foge desse ritmo. Mas nas casas que são lares de verdade, mulheres transformam essa situação. São as mães que trazem consigo tradições familiares, que mantêm viva a história dos antepassados e transmitem às novas gerações, de maneira carinhosa, um importante legado familiar.

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No lar da Karoline Astrid Koop Seifert, de 36 anos, os três filhos não só aprendem as tradições que vêm sendo passadas através das gerações, como participam da criação de novos costumes em seu núcleo familiar.

Para ela, manter firme as raízes fornece um senso de continuidade que ajuda a fortalecer os laços entre todos. Os meninos - Gabriel, de 9 anos, Noah, de 7, e Gustavo, de apenas 1 -, têm o privilégio de conviver com uma bisavó sempre pronta a reunir a família em torno da mesa para um café da tarde. Nesses momentos, a curiosidade deles é ainda mais aguçada, dando a oportunidade única do compartilhamento intergeracional e da transmissão de valores significativos.

São essas questões que fazem com que ela e o marido, Fernando Seifert, criem suas próprias tradições. Seja o café da manhã do aniversariante ou ter um tempo de qualidade com cada filho individualmente, têm feito parte da rotina familiar desde a chegada do primeiro filho, o Gabriel. A cozinha, inclusive, é um lugar de referência para esta família manter tradições. Sempre que possível, a Karol e os meninos preparam juntos um pãozinho alemão, o Einback, seguindo a receita ensinada pela bisavó.

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Karol reforça que esse é um papel importante da mãe. “ Muitas vezes, nós somos as guardiãs de uma herança familiar riquíssima, responsáveis por manter viva a história da família com receitas tradicionais, histórias e eventos”, diz. “Nós desempenhamos um papel vital na criação de um senso de identidade, pertencimento na família e transmissão de valores fundamentais como a fé”, completa.

Cultura, idioma e tradições familiares mantidas fora do país

Esse papel de guardiã de tradições familiares e cultura local, e de propagadora delas, é ainda mais necessária quando se está longe da terra natal. Esther Amaral Gutjahr, de 34 anos, e o marido Jhonattan Gutjahr moram há dois anos e meio na Inglaterra. Quando eles chegaram ao país, o filho mais velho, Isaque, estava prestes a completar 7 anos, e o mais novo, Vicente, tinha 2 anos e 9 meses. Hoje o casal tem também a pequena Elisa, de 1 ano.

Estar em uma nova cultura, com um novo idioma e nova rotina, fez com que a Esther buscasse ainda mais reforçar os laços dos meninos com o país em que nasceram e com a família no Brasil. Em casa, a língua oficial é o português, seja para conversar, para ler e até mesmo para brincar. Nem mesmo a Elisa, que nasceu em terras britânicas, foge desse princípio. “Esse é o nosso idioma afetivo.

Os meninos só falam em português quando estão brincando, mesmo que estejam em meio a crianças que só falem inglês. Inclusive as brigas entre os dois são em português”, conta rindo.

O reforço da cultura brasileira em casa tem como ferramenta a alimentação, que é feita essencialmente com preparos brasileiros, e uma outra tradição: a leitura de livros em português, em voz alta, quando toda a família se reúne para descansar. “Sendo sincera, não é fácil manter um bom nível de fluência e boa oratória em português, porque eles têm a exposição só em casa. Por isso somos intencionais para que eles não percam nosso idioma materno”, diz.

A maior prova de que as tradições têm sido bem mantidas pela família foi a recente visita deles ao Brasil. Esther conta que o Vicente não tinha memórias reais do país, porque saiu daqui muito novo, mas por ouvir tantas histórias sobre os avós, tios e primos, a viagem foi gratificante.

“Eles não estranharam, pelo contrário, pareceu que nunca estiveram fora. O que me deixou muito feliz, pois me questionava muito se eles já eram mais ingleses que brasileiros. Parece que eles estão encontrando um equilíbrio”, finaliza Esther.

*Próxima leitura: “Sobra menos tempo para o próprio ego”: o exemplo de generosidade das mães de famílias numerosas

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