vinho alemão
Confira guia completo sobre vinhos alemães com harmonizações de pratos do restaurante Frères. Clique e saiba mais.| Foto: Freepik
  • Por Frères Gastronomia
  • 27/12/2023 10:30
  • Atualizado em 22/12/2023 às 10:14

Os vinhos alemães não são tão procurados pelos brasileiros, devido à dificuldade de ler as informações no rótulo dos produtos. Como não estamos habituados à língua germânica, sentimos dificuldade em decidir sobre as melhores garrafas.

Pensando nisso, separamos esse conteúdo para ser um guia sobre vinho alemão. Ele faz parte de uma sequência de publicações sobre o assunto que estão sendo publicadas no canal do Frères Gastronomia, na Gazeta do Povo.

Se você perdeu algum conteúdo, basta clicar aqui e fazer sua imersão no mundo dos vinhos e da gastronomia afetiva.

Nesse conteúdo, vamos abordar os seguintes tópicos:

  • História do vinho alemão
  • Classificação dos vinhos alemães 
  • Acompanhamentos para vinhos alemães

Vamos à leitura?

História do vinho alemão

Apesar de não ter uma data precisa, pesquisadores apontam que os vinhos começaram a fazer parte da história da Alemanha por volta do ano de 280, quando a Germânia ainda era dominada pelo Império Romano.

Nessa época, o imperador Probus (232-282) decretou a plantação de vinhas no entorno do rio Reno e Danúbio. Esse era, portanto, o pontapé das produções vinícolas no país.

O setor avançou durante a Idade Média, onde os vinhos eram mantidos por igrejas e monastérios. A expansão foi grande: cerca de 300 mil hectares já estavam povoados por uvas no território alemão.

O que vinha de vento em popa, sofreu um declínio no século 19 com a ascensão da Revolução Francesa. Os iluministas fecharam muitas instituições religiosas cristãs e, consequentemente, prejudicaram a produção. Somado a isso, nessa época, teve a proliferação da praga filoxera, que dizimou as plantações do continente europeu.

A popularidade do vinho alemão veio apenas no século 20, no ano de 1971, quando foram decretadas novas regras de classificação da bebida no país.

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Classificação dos vinhos alemães 

Por mais que sejam deliciosos, os vinhos alemães sofrem com a barreira do idioma. Muitos compradores deixam de experimentar essa iguaria por não compreender o que está disposto no rótulo do produto.

Por isso, vamos te mostrar abaixo as categorias de qualidade dos vinhos alemães e suas principais características.

Deutscher Wein

Nesta categoria estão os vinhos mais simples. São equivalentes ao vinho do país, como é o caso do Vinho de Portugal ou Vin de France.

As uvas aqui são normalmente maduras ou pouco abaixo de maduras, e podem ser colhidas em vinhedos ao longo de todo o território alemão.

Deutscher Landwein

Já nessa categoria as uvas precisam ser provenientes de regiões autorizadas e especificadas por lei. Os vinhos são testados por um comitê e recebem um número AP.

Um Landwein não deve conter mais de 18 gramas de açúcar por litro.

Qualitätswein bestimmter Anbaugebiet (QbA)

Elaborada em apenas 13 regiões vitivinícolas com castas autorizadas, vinhos nessa categoria precisam ter um grau mínimo de maturação e de volume de álcool.

Além disso, os rótulos contém alguns termos que indicam o nível de doçura do vinho:

Trocken: vinho seco;

Halbtrocken: vinho meio-seco ou ligeiramente doce;

Feinherb: termo não-oficial usado para descrever vinhos semelhantes ao Halbtrocken;

Liebliche: vinho doce.

Qualitätswein mit Prädikat (QmP) ou Prädikatswein

Também precisam respeitar as leis impostas pela Denominação de Origem, o que inclui área de plantio e uvas autorizadas. A este tipo de vinho não pode ser adicionado açúcar durante o processo de produção.

Aqui, também temos algumas subcategorias:

Kabinett: colheita feita com as uvas completamente maduras, que resultam em vinhos mais leves e com baixo teor alcoólico;

Spätlese: colheita tardia, ou seja, as uvas são colhidas após o período estabelecido para a vindima. Os vinhos são concentrados e com aroma intenso, mas não necessariamente com o paladar adocicado;

Auslese: uvas colhidas muito maduras, mas apenas os cachos selecionados. Gera vinhos nobres, com intensidade tanto no aroma quanto no paladar;

Beerenauslese (BA): uvas sobremaduras, infectadas com Botrytis cinerea, e colhidas com seleção criteriosa dos bagos, com colheitas feitas apenas em safras excepcionais. Seus vinhos são longevos, ricos e doces;

Eiswein: esse tipo de vinho é produzido com uvas sobremaduras naturalmente congeladas nas vinhas. Gera vinhos nobres e singulares, altamente concentrados;

Trockenbeerenauslese (TBA): uvas sobremaduras e secas com características próximas às de uvas passas. Seus vinhos são doces, nobres e ricos.

Acompanhamentos para vinhos alemães

Com tantas opções, também separamos uma harmonização com vinhos alemães. A indicação é do restaurante Frères, especializado em gastronomia afetiva.

A categoria escolhida foi os vinhos brancos alemães. Por conta da sua acidez vibrante e refrescante, harmoniza perfeitamente com frutos-do-mar, saladas e pratos leves.

Nesse caso, a indicação será a salada Frères, um mix de folhas, lâminas, berinjelas grelhadas, presunto cru, figos caramelizados em vinho tinto, queijo gorgonzola e croutons.

De frutos-do-mar, que tal uma tilápia grelhada ao molho de camarões? Acompanhado por gnocchi tricolor serve uma pessoa.

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Essas e outras delícias podem ser degustadas presencialmente no restaurante Frères. Faça sua reserva ao mandar uma mensagem para o número (41) 9 9219-5051 ou dirija-se até a Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 600, Mossunguê, em Curitiba (PR).

Acesse o site do restaurante Frères e confira seu cardápio para saber mais.