MMV Importadora revela algumas curiosidades sobre o mundo dos espumantes| Foto: Divulgação
  • Por Importadora MMVinhos
  • 15/07/2020 20:38
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Os espumantes brasileiros já são reconhecidos internacionalmente. Muitos deles têm conquistado prêmios mundo afora, além da confiança de sommeliers. Steven Spurrier, crítico de vinhos britânico, quando esteve no Brasil falou: “vocês não precisam de Champagne. O Brasil tem seus próprios espumantes para beber”. Outra crítica britânica, Jancis Robinson, levou de volta em sua bagagem, quando aqui esteve, um espumante brasileiro para saborear na terra da Rainha Elizabeth II.

Jonas Martins, gerente e sommelier da MMV Importadora, comenta que realmente temos espumantes de qualidade igual ou superior aos que são feitos em Champagne, na França. Ele tirou algumas dúvidas e nos revelou curiosidades sobre o universo da rainha das bebidas, que já foi tema de frases de personalidades como o monge francês Pierre Pérignon até a atriz Brigitte Bardot.

Brut, demi-sec ou Moscatel?

Por causa de uma questão cultural, o brasileiro prefere bebidas mais doces, como o Moscatel. “A caipirinha leva cachaça e açúcar. Ele adoça o café, o suco de limão. Não é bom e nem ruim. É uma questão cultural”, diz Martins.

Porém, explica, as bebidas doces limitam a harmonização enquanto as mais secas a expandem. Por isso, talvez, o público mais especializado recorra aos espumantes menos doces. Na loja online da MMV o espumante mais vendido é o Viapiana Brut 192 Dias. A MMV comercializa somente os espumantes -- e alguns vinhos -- da vinícola Viapiana, que fica em Flores da Cunha (RS) e faz parte da Denominação de Origem Altos Montes.

Barril e leveduras

Quando os espumantes passam por barril e ficam em contato com as leveduras ganham complexidade de aromas. O sommelier explica que o vinho base do espumante é que fica em barril, depois é adicionado o chamado licor de tiragem (que acrescenta açúcar) e, enfim, entra em contato com as leveduras, gerando uma refermentação dentro da garrafa.

E quando eles ficam mais tempo em barril e com as leveduras, ganham aromas como o de amêndoas e brioche, algo mais “amanteigado”. O espumante Brut Nature da Viapiana, por exemplo, fica 9 meses em barril de carvalho e 575 dias em contato com as leveduras.

As uvas

No Brasil, normalmente, se usam as uvas Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico. Alguns produtores ainda usam Merlot e Viognier. Na região de Champagne, diz Martins, se usam Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. Mas, aqui, a Pinot Meunier não se adaptou bem ao clima.

Alguns produtores, como a Viapiana, usam outras uvas, como a Glera – que é usada na Itália na elaboração dos famosos Proseccos – e a Gamay – presente no famoso vinho Beaujolais – que resulta em um espumante tinto. “Esse espumante – o Viapiana  Gamay – é de longe o tinto que tem a melhor harmonização com embutidos”, comenta Martins.

Varietal e blends

O sommelier relembra a analogia que fez um sommelier português. Há pessoas que cantam muito bem sozinhas. E há pessoas que você coloca para cantarem em conjunto que obtêm um resultado melhor do que se cantassem sozinhas. É o caso dos blends, no qual é extraída a melhor característica de cada uva.

Por exemplo, uma Pinot Meunier oferece o aroma floral e a acidez; a Chardonnay, a cremosidade e a Pinot Noir, o frutado adocicado. Ou seja, uma bebida completa. Porém, Martins reforça que muitas vezes um espumante varietal pode ser completo.

Safrado ou não?

Normalmente os espumantes não são safrados. E isso porque os produtores usam vinhos de guarda de safras diferentes como base. No entanto, mesmo usando blends, muitas vinícolas mantém o estilo independente da variação da safra. Martins complementa que um espumante safrado não é necessariamente melhor, mas às vezes apenas é a tradução de uma grande safra daquela uva.

A MMV possui tradição de 15 anos no mercado de vinhos. Antes MMV Vinhos ela passou para MMV Importadora em 2018. Mais recentemente, inaugurou sua loja online https://www.mmvinhos.shop que atende o consumidor final.

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