Origem da doação de sangue: os desafios das primeiras transfusões
Origem da doação de sangue: os desafios das primeiras transfusões| Foto: Shutterstock
  • Por Sinam
  • 27/09/2021 12:30

Atualmente, a transfusão de sangue é usada em diversos tratamentos e procedimentos, ajudando a salvar muitas pessoas e melhorar a qualidade de vida de diversos pacientes. Mas você já parou pra pensar como a doação de sangue surgiu?

A história da transfusão de sangue

As primeiras transfusões foram feitas de forma experimental, em animais, desde 1665. Mas segundo dados, as primeiras transfusões em seres humanos têm registro somente em 1667, em Paris. Elas foram realizadas por Jean Baptiste Denis e eram transfusões heterólogas, o que significa que o sangue é derivado de uma espécie diferente do receptor. Nesse caso, foi utilizado sangue de cordeiro em um paciente com doenças mentais, que resistiu às duas primeiras transfusões mas faleceu em decorrência da terceira.

Inicialmente, defendiam a transfusão heteróloga por acreditarem que o sangue de animais estaria menos contaminado, mas posteriormente a prática passou a ser considerada criminosa.

Mesmo depois de proibidas, as transfusões heterólogas ainda continuavam sendo utilizadas em experiências. Em 1788, Pontick e Landois tiveram resultados positivos com transfusões homólogas, ou seja, com animais da mesma espécie, comprovando que a prática poderia ser benéfica e salvar vidas.

A primeira transfusão homóloga em humanos foi realizada em 1818, por James Blundell em uma mulher que sofria de hemorragia pós-parto.

Somente em 1900 foi descoberto o sistema sanguíneo ABO, evitando a coagulação do sangue.
Somente em 1900 foi descoberto o sistema sanguíneo ABO, evitando a coagulação do sangue.| Shutterstock

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Desafios da transfusão de sangue

Apesar das diversas tentativas e do avanço das transfusões, ainda existiam muitos problemas relacionados à coagulação do sangue e outras reações. Foi somente em 1900 que o imunologista austríaco Karl Landsteiner descobriu o sistema de grupo sanguíneo ABO, constatando que o soro do sangue de uma pessoa pode coagular ao ser misturado com outro tipo sanguíneo. Um ano depois a classificação incluiu o tipo AB.

Ainda assim, somente por volta de 1940 que Landsteiner, junto com Alexander Salomon Wiener, descobriu o fator RH – que também pode ser um fator de incompatibilidade para a transfusão sanguínea.

Após os problemas com incompatibilidade serem resolvidos, outras descobertas relevantes para o armazenamento e estocagem do sangue fizeram com que fosse possível existirem bancos de sangue.

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