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Imagine o Sylvester Stallone como presidente dos Estados Unidos e Martin Luther King em versão policial à la James Bond como primeiro-ministro britânico? Imaginou? Agora coloque os dois em um filme de ação misturado com comédia. É exatamente isso que o mais novo sucesso do Prime Video, Chefes de Estado, entrega.
Lançado no segundo dia deste mês, o filme já deslanchou para o primeiro lugar no streaming, servindo perfeitamente como entretenimento para se assistir em família. Mesmo com um pano de fundo de diplomacia e assuntos sérios, os protagonistas fazem trocadilhos enquanto impressionam com efeitos especiais em uma produção leve, dinâmica e divertida.
No roteiro, temos de um lado o presidente dos EUA, Will Derringer (John Cena), eleito graças à sua popularidade como ator; e, do outro, o primeiro-ministro do Reino Unido, Sam Clarke (Idris Elba), que trocou a farda pelas urnas após uma trajetória de superação e resultados. A princípio, os dois vivem uma rivalidade pública. Mas, ao se tornarem alvos de um adversário estrangeiro, são forçados a contragosto a confiar um no outro.
Cheio de reviravoltas e cenas impressionantes, Chefes de Estado funciona como um faroeste contemporâneo, em que o duelo entre opostos que se respeitam evolui para uma parceria inesperada. Há um contraste claro entre o político que veio do nada, cresceu por mérito e convicção, e aquele que chegou pelo carisma e o sucesso no mundo do entretenimento. Uma crítica bem atual, ainda que envolta em piadas e explosões.
Em uma das cenas, um repórter pergunta: “Vocês são políticos, não se comparam com heróis de verdade, certo?” E, de fato, parece que a mensagem do filme é essa mesma: políticos que querem se fazer de heróis, cuja vaidade se sobrepõe ao problema que estão enfrentando.
Arquétipo da mulher guerreira e inatingível
Quanto às atuações, além dos protagonistas Cena e Elba, a bela Priyanka Chopra Jonas, no papel de Noel Bisset, contribui para o imaginário da mulher guerreira que encanta os marmanjos. Aquele ar de mulher inatingível, durona e charmosa aparece por aqui e faz efeito. Já o vilão Gradov, interpretado por Paddy Considine, ficou bastante exagerado, com expressões teatrais (mesmo com poucas falas) que às vezes tiram um pouco da credibilidade da ameaça.
Visualmente, a trama é uma produção grandiosa. Outro ponto forte da produção é a trilha sonora, repleta de clássicos e bandas de estilos variados. O compositor Steven Price entrega trilhas orquestradas bem encaixadas e, a cada nova sequência, entra uma música imponente que renova a energia da cena.

Chefes de Estado é um filme divertido e bem produzido. Está cheio de clichês de filme de ação? Sim. Mas funciona como um excelente passatempo. E, convenhamos, às vezes é exatamente disso que a gente precisa.
- Chefes de Estado
- 2025
- 105 minutos
- Recomendado para maiores de 14 anos
- Disponível no Prime Video