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O que se sabe sobre as causas do acidente que matou Marília Mendonça e mais quatro pessoas
Acidente aéreo ocorreu nesta sexta-feira no interior de MG. Polícia Civil e Força Aérea Brasileira investigam causas| Foto: Reprodução PMMG

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Força Aérea Brasileira (FAB) trabalham para apurar as causas do acidente aéreo que vitimou a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas na tarde de sexta-feira (5) em Piedade de Caratinga, no interior de Minas Gerais.

Um inquérito foi aberto pela PCMG para apurar o caso, e agentes estiveram durante o sábado no local do acidente junto com uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da FAB. As investigações ainda estão em andamento.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que antes da queda, o avião bimotor que transportava a cantora e as demais vítimas atingiu o cabo de uma torre de distribuição da empresa. Entretanto, ainda não se sabe se o avião caiu em decorrência do choque com o cabo da linha de transmissão ou se atingiu o equipamento já em processo de queda por outro tipo de problema.

Sobre possível falha mecânica, a empresa PEC Taxi Aéreo, responsável pela aeronave, divulgou nota informando que o avião envolvido estava regular junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e atendia as exigências para operar. Posteriormente, a Anac confirmou que a aeronave estava em situação regular e tinha autorização para fazer táxi aéreo. A empresa também afirmou que a tripulação estava devidamente habilitada pela agência reguladora e que tinha ampla experiência na aviação.

Na tarde deste domingo (7), uma equipe da PEC Taxi Aéreo concluía a retirada do avião do local do acidente. A operação contou com o auxílio de um helicóptero e um guindaste. Após a retirada, a aeronave será levada ao aeroporto de Caratinga, onde deveria ter pousado, já no município de Ubaporanga (MG).

Avião não tinha caixa-preta

O Cenipa informou, na tarde deste sábado (6), que a aeronave não possuía o gravador de voo, comumente chamado de caixa-preta. O dispositivo, que grava informações de áudio do voo, não é obrigatório em aviões de pequeno porte.

De acordo com o órgão, na aeronave foi encontrado apenas um geolocalizador que pode ser utilizado para confrontar o plano de voo. O dispositivo é umas das evidências para se compreender as causas do acidente.

O Cenipa também informou que todas as evidências que podem ser usadas na investigação já foram retiradas da aeronave e que os peritos não vão mais entrar no avião. Agora, o órgão aguarda a remoção dos destroços, que deve ser feita pela PEC Táxi Aéreo, para dar início a outra etapa da perícia.

Causa das mortes

O motivo das mortes da cantora e de sua equipe ainda não foram confirmados. No entanto, em entrevista à RecordTV neste sábado, o médico-legista Pedro Coelho, responsável pela necropsia na cidade de Caratinga, disse que a causa mais provável é politraumatismo contuso. “Tratam-se de lesões contusas em diversos órgãos vitais. A gente ainda não consegue determinar qual veio primeiro, mas são diversas lesões possivelmente letais”, disse o legista.

A PCMG informou, na manhã deste domingo (7), que o material biológico das vítimas já havia sido entregue ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, que fará as análises necessárias para esclarecer as causas dos óbito.

Segundo peritos, além dos  trabalhos periciais e de investigação no local do acidente, restam ainda exames complementares – que podem levar até quinze dias para serem concluídos – para a finalização dos relatórios periciais.

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