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| Foto: Alex Silveira/Gazeta do Povo

O comércio de Curitiba segue sofrendo os impactos da paralisação de caminhoneiros que completou dez dias nesta quarta-feira (30). A reclamação é de queda no movimento das lojas, o que preocupa o giro da economia na capital. Entretanto, o reabastecimento de combustível iniciado na terça-feira (29) trouxe uma pequena melhora para alguns estabelecimentos.

Tempo real: siga o desbastecimento em Curitiba nesta quarta, 10.º dia de greve

Quem passou pelo Centro de Curitiba nesta quarta pôde perceber que o trânsito já estava mais intenso. Na Marechal Floriano Peixoto, próximo da Avenida Sete de Setembro, por volta das 15h, o tráfego era lento por causa da grande quantidade de veículos na via. Com isso, o movimento nos estacionamentos particulares também voltou a aumentar. Os manobristas de um pátio, na esquina da Rua Marechal Deodoro com a Avenida Floriano Peixoto, disseram que a rotatividade de veículos nesta quarta praticamente normalizou, se comparada com a rotatividade de segunda (28) e terça (29), que, segundo eles, foi muito baixa.

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Para Fatima Bark Bruneri, 28, proprietária da loja Capa Fina, na Rua XV de Novembro, a greve de caminhoneiros ainda afeta o movimento de lojas de acessórios para celular. Segundo ela, nesta quarta melhorou um pouco, mas a loja tem mercadorias para receber que estão sem previsão de chegar. “A carga está em Florianópolis e nem chegou a sair da importadora. É possível que chegue em cinco dias, mas não sabemos se isso vai mesmo acontecer. Isso afeta o planejamento da loja e as vendas”, reclama. Segundo ela, a loja está sem pen drive, carregadores de celular, suportes de carro, sem fone de ouvido e algumas capinhas de celular também estão em falta. “Estamos no fim do mês, os consumidores estão próximos de receber os salários e nós não conseguimos nem planejar novas compras”, desabafa.

Mas nem todos sentem essa melhora. É o caso de Roberta Barbur, 29, proprietária do Darrô Café Fit, no Centro de Curitiba. Ela afirma que o movimento caiu pelo menos 30% nos últimos cinco dias. A empresária ainda sente reflexos da falta de fornecedores nesta quarta. Ela explica que os clientes do entorno do café estão preferindo ficar em casa. “Muita gente faz home office e deixa de vir almoçar ou fazer o lanche da tarde”, diz. Além disso, o estabelecimento ainda não conseguiu repor os estoques. “Os insumos vêm do Ceasa e deste quinta-feira (24) não chega nada. Temos ido até os hortifrútis da região, mas ainda tem pouca coisa. Mesmo antecipando pedidos, os fornecedores não conseguem prometer data de entrega”, diz. Os produtos do Café Darrô são ainda mais difíceis de encontrar, por serem preparados sem glúten e sem lactose.

Já na área de medicamentos, a paralisação dos caminhoneiros não gera muitos reflexos no atendimento, pelo menos nas redes de farmácias do Centro de Curitiba. Segundo a subgerência de uma farmácia Nissei, na Alameda Doutor Muricy, esquina com a Rua VX de Novembro, não há falta de remédios e o movimento segue inalterado.

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