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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Curitiba tem pelo menos cinco grandes obras de infraestrutura em andamento que afetam, cotidianamente, o trânsito na capital. Na Rua General Mario Tourinho, no Seminário, a preparação do entorno para construção de uma trincheira no cruzamento com a Avenida Nossa Senhora Aparecida começa a afetar o movimento nos horários de pico. No bairro Rebouças, obras de revitalização de cinco quadras da Avenida Getúlio Vargas bloqueiam um lado da via.

Outras três obras que interferem no tráfego são: a duplicação da Rua Konrad Adenauer, no bairro Tarumã, que faz parte da contrapartida da construção do novo shopping Jockey Plaza; a sequência das intervenções no trecho norte da Linha Verde, no Bairro Alto; e o início, nesta segunda-feira (1.º), das obras na alça de acesso do Viaduto Pompeia, no bairro Tatuquara.

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Veja como está o andamento dessas cinco obras e os prazos de conclusão

1 - Trincheira Mário Tourinho - Seminário

Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Equipes já começaram a trabalhar nas obras da trincheira que será construída no bairro Seminário, no cruzamento entre a Rua General Mario Tourinho e Avenida Nossa Senhora Aparecida. As obras devem durar pelo menos dez meses.

Como a prefeitura já havia anunciado em agosto, durante uma reunião pública com moradores e comerciantes do bairro, os primeiros trabalhos se concentram em ruas e cruzamentos no entorno da trincheira para a viabilização de desvios de tráfego, uma vez que a Avenida Nossa Senhora Aparecida ficará totalmente bloqueada para o trânsito por seis meses, a partir do momento em que o canteiro de obras da trincheira for montado. A administração municipal não informou quando esse bloqueio total na avenida terá início.

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Por enquanto, o principal impacto para os motoristas é que não é permitido estacionar em um trecho da Rua Rodrigues Alves, onde foi instalado um semáforo desde o dia 13 de setembro, no cruzamento com a Avenida Sete de Setembro.

Nesta fase de início das obras, não há bloqueios intermitentes. Eles vão ocorrer de acordo com os serviços realizados e serão feitos pelo próprio consórcio responsável pela obra. A via é liberada tão logo cada serviço é concluído. No entanto, no grosso da construção, a promessa da prefeitura é de que equipes da Superintendência de Trânsito (Setran) estejam constantemente no local das obras.

As intervenções

As obras iniciais da trincheira entre a Rua Mário Tourinho e a Avenida Nossa Senhora Aparecida começaram no dia 12 de setembro. Segundo a prefeitura, até que os trabalhos sejam concluídos e as melhorias prometidas no trânsito ocorram, haverá transtornos, como desvios para veículos e pedestres, barulho e obras de recapeamento em ruas secundárias, que serão usadas nos desvios. O objetivo da trincheira é desafogar o tráfego naquela região, por onde circulam cerca de 61,9 mil veículos por dia, contando apenas os horários de maior movimento.

As obras previstas incluem terraplenagem, drenagem, remanejamento de rede elétrica, construção da trincheira em desnível, pavimentação, sinalização, iluminação e paisagismo.

Quando a trincheira for concluída, quem estiver na movimentada Rua Mário Tourinho, ao trafegar neste cruzamento, vai passar por baixo da Avenida Nossa Senhora Aparecida.

2 – Obras na Konrad Adnauer - Tarumã

Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Cerca de 70% das obras na Konrad Adenauer, no bairro Tarumã, estão concluídas. A via está sendo duplicada e ganhando novo asfalto como medida compensatória pela construção do Shopping Jockey Plaza. Segundo a prefeitura, o fim das obras está previsto para março de 2019. Já a pavimentação deve ser concluída até dezembro, serviço que inclui ainda a Rua Dante Angelote, no Bairro Alto, que deve começar nos próximos dias. Depois serão executadas duas pontes, calçadas, iluminação, sinalização. O trecho de trabalho é entre a Avenida Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã, e a Rua Dante Angelote, no Bairro Alto.

O projeto prevê ainda que a via “se encaixe” na rua José Zgoda, que também termina na Rua Dante Angelote a cerca de 30 metros do cruzamento com a Konrad Adenauer. Quem precisa acessar a Avenida Victor Ferreira do Amaral e imediações, a partir da Dante Angelote, tem que fazer um desvio considerável, subindo a Rua Percy Feliciano de Castilho (que é a continuação da Dante Angelote) até a Rua Ada Macaggi (quatro quadras). Após virar à direita, o motorista anda cinco quadras até a Napoleão Bonaparte. Após virar novamente à direita o motorista vai até o final da rua e chegará novamente à Konrad Adenauer. A linha de ônibus Sagrado Coração tem desvios pela região.

As obras no entorno do shopping, que ainda não tem previsão de inauguração, estão recebendo melhorias para suportar o fluxo de veículos que irá aumentar consideravelmente. As alterações previstas serão de responsabilidade dos empreendedores do shopping.

3 - Revitalização Getúlio Vargas no Rebouças

Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

As obras de revitalização de cinco quadras da Avenida Getúlio Vargas começaram no dia 13 de junho, no bairro Rebouças. Junto com ela veio a restrição de uso da via por carros, ônibus e pedestres, que enfrentam congestionamentos por ali dentro e fora dos horários de pico. O primeiro bloqueio parcial ocorre entre a Avenida Marechal Floriano e a Rua Rockefeller, na faixa que passa ao lado do quartel da Polícia Militar.

No fim de setembro, segundo a prefeitura, a pavimentação num trecho de 90 metros na pista do lado esquerdo foi concluída, entre a Marechal Floriano Peixoto e a Rua Rockfeller. A partir de outubro, terão início os trabalhos de iluminação.

Cerca de 33% da obra como um todo foram executados até agora. A expectativa é terminar até dezembro os trabalhos na pista da esquerda. Por razões técnicas, o serviço entre as ruas João Negrão e Conselheiro Laurindo começou pela pista da direita onde está em fase de conclusão a execução da galeria celular.

As obras indicadas pela prefeitura de Curitiba são contrapartida da Igreja Universal do Reino de Deus, devido ao aumento de tráfego decorrente da construção da nova sede. Os trabalhos serão feitos numa extensão de 624 metros desde a Avenida Marechal Floriano Peixoto até a Rua Conselheiro Laurindo.

Para evitar transtornos, a Superintendência de Trânsito (Setran) indica aos motoristas para optarem pela Avenida Silva Jardim e pela Rua Brasílio Itiberê, paralelas à Getúlio Vargas. Durante a interdição, trajetos das linhas de ônibus que passam pelo local foram afetados. Entre eles: Santa Cândida-Pinheirinho; Sítio Cercado; Fazendinha-Guadalupe; Uberaba e Canal Belém, além da Linha Turismo, que cruza a Getúlio Vargas.

Assim que as obras forem concluídas, essas pistas serão abertas ao tráfego. Será a vez, então, de interditar o lado direito do canteiro por outros seis meses para as obras, de acordo com previsão dos engenheiros responsáveis. Entre as melhorias previstas no projeto de revitalização estão a execução de galerias de águas pluviais, retirada do canteiro central e substituição do asfalto por concreto rígido, além de ampliação da largura das calçadas e implantação de paisagismo e áreas de convivência.

4 - Linha Verde Norte (BR-476)

Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

No Bairro Alto, o trecho da Rua José Zgoda, entre as ruas Santa Madalena Sofia Barat e Dante Angelote, segue totalmente bloqueado desde o dia 13 de setembro, quando a colocação do asfalto definitivo na Rua José Zgoda começou na região onde está sendo construída a trincheira da Rua Fúlvio Alice. Além do novo asfalto, estão sendo executados serviços de drenagem, iluminação, sinalização e paisagismo, numa extensão de aproximadamente 300 metros.

Próximo à Rua José Zgoda, continua o bloqueio da Santa Madalena Sofia Barat, entre a José Zgoda e a Linha Verde. A liberação para o tráfego de veículos no trecho deve ocorrer ainda dezembro. A atual interrupção ocorre porque a Madalena Sofia é a rua que passa por cima da obra da trincheira da Rua Fúlvio José Alice. O motorista que passa pela região deve desviar pelas ruas Dante Angelote, Paulo Friebe e no trecho livre da Santa Madalena Sofia Barat.

Futuro binário

Os trabalhos na José Zgoda fazem parte do futuro binário que será formado pela Rua Gustavo Rattman, no Bacacheri, onde já existe uma trincheira, e a Rua Fúlvio José Alice, no Bairro Alto. A união dessas duas ruas, na verdade, só será possível por causa da nova trincheira. Como explica a prefeitura, o binário será formado por elas, com duas ruas de ida e volta paralelas, mas que também inclui Rua Amazonas de Souza Azevedo, no lado do Bacacheri, ligando os bairros.

As obras pertencem ao 3.º dos quatro lotes licitados pela prefeitura para a finalização da Linha Verde Norte. E são de responsabilidade da empresa Terpasul Construtora de Obras Ltda. O andamento atualizado das obras é o seguinte:

- O lote 3.1 vai do viaduto da Victor Ferreira do Amaral até o Rio Bacacheri, próximo ao Hospital Vita. Foram executados 82,5% da obra.

- O lote 3.2 consiste na trincheira da Fúlvio Alice com as alças e as intervenções no entorno. Foram executados 65% da obra.

- A expectativa para fechar as obras dos dois lotes é abril de 2019.

- Está em andamento a licitação do lote 4.1, que vai do Hospital Vita ao Atuba.

- Quanto ao lote 2.1, do viaduto triplo da Victor Ferreira do Amaral, estão sendo elaborados os projetos complementares que serão encaminhados à Caixa Econômica para aprovação.

Em maio deste ano, as obras da trincheira da Rua Fúlvio José Alice foram alvo de reclamações dos moradores da região, já que deveriam ter sido concluídas no fim de 2017. Com o atraso e a mudança de previsão de término para o fim de 2018, os moradores temiam que o novo prazo estendesse por ainda mais tempo os transtornos no trânsito da região.

Trechos liberados

Desde o dia 7 de agosto, o motorista que segue no sentido a Quatro Barras agora passa pelo asfalto novo das pistas da marginal da avenida, que ficam ao lado da canaleta do transporte coletivo. A parte liberada para o tráfego fica entre a trincheira das ruas José Zgoda e Gustavo Rattmann, até depois do Rio Bacacheri, perto do Hospital Vita. São 400 metros de asfalto novo.

5 - Alças do Viaduto Pompeia - Tatuquara

Luiz Costa/Prefeitura de Curitiba

Abandonado por quase três anos após sua conclusão, o Viaduto Pompeia, no bairro Tatuquara, próximo ao Ceasa, finalmente começa a ganhar as alças de acesso à BR-116. As obras da prefeitura começaram na segunda-feira (1.º) e o tempo estimado da obra é de um ano, ao custo de R$ 5,3 milhões. A obra será tocada pela empreiteira Venturi&Zen.

O impacto no trânsito ainda não deve ser sentido, efetivamente, pelos motoristas. Ainda não há bloqueios determinados, mas eles podem ocorrer nos próximos dias conforme o andamento dos trabalhos. Segundo a prefeitura, nesta primeira fase estão sendo feitos os serviços de sondagem na galeria de águas pluviais, levantamento topográfico e obras de drenagem na Rua Francisco Xavier de Oliveira, desde a Estrada Delegado Bruno de Almeida em direção à cabeceira do viaduto já construído pela concessionária Autopista Planalto Sul.

Com as alças, os moradores terão acesso à BR-116 nos sentidos norte e sul. Para quem vai para o Centro de Curitiba, por exemplo, será possível passar no sentido norte da BR e com a construção da alça à direita, que liga a Rua Francisco Xavier à rodovia, os moradores poderão seguir em direção a Fazenda Rio Grande.

Além dessa intervenção, estão previstas outras mudanças no sistema viário do viaduto. São elas: a pavimentação da Rua Francisco Xavier de Oliveira, entre a Delegado Bruno de Almeida e a cabeceira do viaduto ( já construído), uma via de retorno para o bairro na Rua Francisco Wacherski no final da Rua Francisco Xavier de Oliveira e a pavimentação das ruas José Zanoncini e Francisca Ferreira da Luz.

O viaduto ficou abandonado desde que teve parte da edificação concluída em setembro de 2015 pela Autopista Planalto Sul. Desde então, a ligação com a BR-116, que é responsabilidade do município, estava parada na gestão anterior até avaliação da gestão atual.

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