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Segundo o delegado, alto  valor dos produtos e segurança não tão reforçada têm feito as lojas de celulares e eletrônicos de shoppings o alvo de ladrões. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Segundo o delegado, alto valor dos produtos e segurança não tão reforçada têm feito as lojas de celulares e eletrônicos de shoppings o alvo de ladrões.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A delegacia de Furtos e Roubos (DRF) de Curitiba está investigando cinco ocorrências de roubos a lojas de celulares e eletrônicos em shoppings centers da cidade registradas em menos de duas semanas. Só na terça-feira, dois shoppings foram alvos dos ladrões: de manhã, uma loja de eletrônicos em um centro comercial no Batel que já havia sido assaltada sexta-feira (31); de noite, o alvo foi um estabelecimento de celulares em um shopping no Portão, onde um segurança ficou gravemente ferido com um tiro e um menor envolvido no crime foi apreendido. Também na madrugada de terça, um hipermercado no Alto da XV teve 60 celulares roubados após os ladrões invadirem o estabelecimento com um carro. Semana passada, os alvos foram duas lojas de celulares, uma em um supermercado no Água Verde e outra em um shopping no bairro Centro Cívico, que já havia sido assaltada em janeiro.

O número de casos, porém, pode ser maior. Há casos de flagrantes com menores de idade em que os registros foram feitos na Delegacia do Adolescente e também roubos cometidos em cidades da região metropolitana. A Polícia Civil diz já ter apreendido menores envolvidos nesses crimes e prendido pessoas que compraram os aparelhos com alerta de roubo.

Segundo o delegado Emanoel David, da DRF, a onda de assaltos a shoppings segue a lógica da sazonalidade do crime. “No ano passado, tivemos uma onda grande de assaltos a farmácias. Estava na moda. A polícia então investigou e prendeu diversas pessoas. A criminalidade vê um nicho específico e agora viu oportunidade em celulares. Os shoppings e supermercados são locais que não possuem a mesma segurança de um banco ou loja de joias. Os seguranças também não podem reagir, até para preservar a vida dos visitantes”, relata o delegado.

A investigação aponta para a participação de grupos criminosos distintos, formados, a maioria, por menores de idade. Também foram identificados maiores que estariam cooptando os adolescentes.

Segundo a polícia, os ladrões agem em ações rápidas e têm conseguido levar centre R$ 100 mil e R$ 150 mil em produtos em cada assalto. “Esses produtos (celulares e eletrônicos) são de alto valor e estão em locais sem muita segurança”, reforça o delegado.

Celulares com sistema iOS, da Apple, foram levados para a venda de peças porque a ferramenta iCloud desses aparelhos bloqueia suas funções. Já os celulares com Android têm sido vendidos em sites como OLX, Mercado Livre e comunidades de compra e venda no Facebook.

Prendendo quem compra

Além de apreender os menores e prender os maiores também por corrupção de menores, a polícia também está investindo a identificação de quem compra esses aparelhos. De acordo com o delegado Emanoel David, dez pessoas foram detidas nos últimos dias por terem inserido chips cadastrados em seus nomes em celulares roubados que permitem a identificação.

“Esses aparelhos têm um número de registro. A pessoa é facilmente identificada pela operadora assim que coloca seu chip em um aparelho com alerta de roubo ou furto. Temos que lembrar que receptação é crime, passível de pena em reclusão de até quatro anos. Como há flagrante, estamos arbitrando fiança”, diz o delegado.

A Delegacia de Furtos e Roubos orienta as pessoas a desconfiarem dos preços baixos de aparelhos vendidos na internet. Há casos, por exemplo, de IPhones 7 ou 6 sendo vendidos por R$ 1 mil. A unidade coloca a disposição seu telefone 3218-6100 ou sua página no Facebook, onde o denunciante pode enviar o link suspeito da venda para averiguação.

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