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Imagem ilustrativa. | Pedro Serapio/Gazeta do Povo/Arquivo
Imagem ilustrativa.| Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo/Arquivo

Enquanto a promessa para boa parte do Litoral do Paraná é um de verão sem torneiras vazias, Antonina - que tem problemas crônicos em seu sistema de abastecimento - já começou a racionar água. Desde quinta-feira (21), os imóveis da cidade ficam sem abastecimento das 14h às 18h, ainda sem uma data para o fim da interrupção. A justificativa do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) do município é de que se trata de uma manobra planejada pela companhia para garantir distribuição de água em todos os pontos da cidade.

Juliana Maria Mccartney da Fonseca, diretora-geral do serviço, explica que o baixo volume de chuvas registrado até agora diminuiu drasticamente a vazão do Rio Novo Mundo, responsável pelo abastecimento do reservatório de Antonina. Em condições normais, o reservatório comporta 1,7 mil metros cúbicos. Com a estiagem, essa quantidade chega no máximo a 1 mil metros cúbicos.

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“Hoje, se agente não fechar o registro, fica saindo água e não conseguimos encher o reservatório e mandar água com pressão adequada para toda a cidade. Assim, só estamos conseguindo atender as áreas mais baixas. As áreas mais altas ficam o dia todo sem água”, explica a diretora-geral. Ela conta que enquanto o volume de água captada do rio é de 30 litros por segundo, o reservatório perde para os imóveis aproximadamente 120 litros por segundo.

Segundo Juliana, se esta conta fechar com a manobra implantada, a medida pode ser incorporada pela companhia. Se não, o serviço terá de buscar outras formas para resolver a demanda de consumo, que cresce ainda mais nesta época do ano. “Essa situação é bem típica do verão. A população flutuante aumenta por causa de férias, das datas comemorativas, e ainda tem a estiagem”.

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De acordo com o Samae, o abastecimento continua normal nos períodos das 6h às 14h e das 18h às 22h.

Condições

Mas a culpa das caixas d’água vazias não é só do tempo. Moradores de Antonina sofrem com interrupções constantes no abastecimento de água. O sistema quase cinquentenário não tem nenhuma ampliação e, portanto, não dá mais conta do tamanho do município, especialmente nos dias mais quentes, nas festas de fim de ano e no carnaval, quando a população flutuante da cidade aumenta.

Segundo a assessoria de imprensa do Samae, já existe um projeto de duplicação da adutora, já que a atual não suporta mais a cidade, com recursos de 8 milhões para a execução da obra, a partir de um convênio com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). A vida útil do projeto contempla o abastecimento até 2070 e as obras devem começar em 2018.

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