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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu nesta segunda-feira (31) um mandado de busca e apreensão envolvendo a Delegacia de Estelionato de Curitiba, no bairro Capão da Imbuia. A operação começou pela manhã em parceria com a Corregedoria da Polícia Civil e investiga casos de corrupção envolvendo policiais da unidade.

De acordo com o promotor Leonir Batisti, coordenador do Gaeco, um denunciante informou de forma anônima que funcionários da delegacia teriam recebido propina mediante a liberação de um homem, preso em flagrante. “Esse indivíduo seria batedor de uma carga ilegal de cigarros e havia sido preso com uma arma de uso restrito. No entanto, teria sido liberado hoje pela manhã após o pagamento da propina”, informou.

Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, a equipe do Gaeco encontrou a arma de uso restrito apreendida e também o valor de R$ 20 mil. Os itens estavam em uma gaveta dentro de uma das salas da delegacia.

Outro detalhe que chamou a atenção do Gaeco é o fato de a prisão em flagrante não ter sido formalizada. “A arma apreendida na delegacia, o alto valor em dinheiro e a liberação do indivíduo sem formalização sugerem o pagamento de propina mediante extorsão, que agora será investigado”, detalha Batisti.

Segundo o denunciante, o pagamento da propina seria concluído durante a manhã desta segunda. O Gaeco não conseguiu flagrar essa negociação e agora segue as investigações para apurar se houve corrupção, extorsão e ainda quais policiais estariam envolvidos no caso denunciado.

Policial afastado

Em nota, a Polícia Civil informou que a Corregedoria Geral da instituição acompanhou toda a operação e que, paralelamente ao inquérito policial, também será aberto um procedimento administrativo disciplinar para apurar o caso. Além disso, o policial que trabalha na sala onde foram encontrados os indícios de corrupção foi afastado de suas funções policiais e pode ser demitido do cargo se for comprovada a transgressão disciplinar.

A direção da Polícia Civil enfatiza ainda que qualquer ato em desconformidade com as regras de conduta contidas nas leis e no estatuto da Polícia Civil será rigorosamente apurado pela instituição.

O delegado Wallace Brito, responsável pela unidade, está em viagem de férias. No entanto, em contato com a Gazeta do Povo, informou que espera a apuração cabal dos fatos. Ele retorna à Delegacia de Estelionato na próxima sexta-feira (4).

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