Delegada cita homofobia ao indiciar ex-marido pela morte de Ana Paula Campestrini
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O ex-marido de Ana Paula Campestrini, Wagner Oganauskas, foi indiciado por homicídio da ex-esposa na manhã desta segunda-feira (5), em Curitiba. Além dele, Marcos Antônio Ramon, acusado de ser o responsável pelos tiros, também foi indiciado pelo mesmo crime. Os dois seguem presos na capital paranaense. Segundo as investigações, existiu um cunho homofóbico para o homicídio, ocorrido em junho.

Segundo a investigação, o inquérito policial apontou que Oganauskas foi o mandante da execução, sendo quintuplamente indiciado por homicídio, com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima, para assegurar a vantagem de outro crime e feminicídio.

“Eu nunca peguei um feminicídio com fundo homofóbico tão latente. A vítima buscava ser feliz e tinha companheira, mas não era permitida essa divisão de família. Esse impedimento de estar com os filhos (foi) por essa questão homofóbica”, disse a delegada Tathiana Guzella.

No relatório da Polícia Civil, Guzella relatou situações em que Oganauskas impedia a ex-mulher de ficar com os filhos. Além disso, o acusado teria agido de maneira homofóbica ao tomar conhecimento de um relacionamento de Campestrini com outra pessoa do mesmo sexo. Já Marcos Antônio Ramon, acusado de ter atirado, também foi indiciado por homicídio, mas com tripla qualificação – motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Segundo a polícia, ele recebeu R$ 38 mil para matar a vítima. Em depoimentos, os acusados negaram participação no crime.