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Allana e Cristiana Brittes foram transferidas para o Presídio de Piraquara. | Reprodução Facebook/
Allana e Cristiana Brittes foram transferidas para o Presídio de Piraquara.| Foto: Reprodução Facebook/

Indiciadas por participação na morte do jogador Daniel Corrêa de Freitas, Cristiana e Allana Brittes, 35 e 18 anos, foram transferidas da Delegacia de São José dos Pinhais para a Penitenciária Feminina de Piraquara na tarde desta quinta-feira (8). Elas são esposa e filha do empresário Edison Brittes Jr, 38 anos, assassino confesso do atleta, que teve passagem apagada pelo Coritiba em 2017 e também jogou pelo São Paulo e Cruzeiro, entre outros clubes. Edison foi levado para o Centro de Triagem da Polícia Civil e deve aguardar lá até a libração de caga no sistema prisional.

As transferências foram decididas quarta-feira (7), logo após o depoimento de Edison, que durou cerca de seis horas, no qual ele admitiu ter mentido na primeira versão apresentada. Antes de deixar a delegacia, mãe e filha passaram por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quinta. O procedimento é padrão nesses casos. A prisão delas é em caráter temporário.

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Também nesta quinta, outros dois suspeitos de envolvimento no crime se apresentaram à Polícia Civil. Ygor King, 19 anos, e Willian Villeroy da Silva , 18 anos, são suspeitos de participarem do espancamento de Daniel.

De acordo com os advogados Robson Domacoski e Allan Smaniotto, que representam King e Silva, os dois foram ameaçados por Brittes. Os advogados também questionaram o pedido de prisão autorizado pelo Justiça, uma vez que os jovens já tinham se apresentando no começo da semana e foram dispensados pelo delegado que comanda as investigações, Amadeu Trevisan. Os dois devem depor na manhã dessa sexta-feira (9).

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Na quarta-feira (7), outro suspeito de espancar Daniel foi preso em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Eduardo Henrique da Silva, 19 anos, é primo de Cristiana e deve ser transferido para São José dos Pinhais nesta quinta. “O que podemos adiantar é que ele participou da agressão sim e é um dos três que estavam dentro do veículo. Se participou da execução, este é um assunto que a autoridade policial deve esclarecer”, disse o advogado Edson Stadler, que defende Eduardo.

O caso

O corpo de Daniel Corrêa Freitas foi encontrado em um matagal em São José dos Pinhais no dia 27 de outubro com sinais de tortura: o pescoço estava quase degolado e o pênis decepado. Daniel veio a Curitiba participar da festa de aniversário de Allana Brittes, filha de Edilson Brittes Jr, no dia 26 de outubro. Após participar da comemoração em uma casa noturna no bairro Batel, o jogador foi para outra festa na casa de Edison, dono de um mercado em São José dos Pinhais.

À polícia, o empresário admitiu ter matado o jogador após tê-lo flagrado tentando estuprar sua esposa - versão questionada pela polícia. Daniel foi espancado na casa da família e levado para um matagal no porta-malas do carro de Edison. Segundo o empresário, ele decidiu matar o atleta com uma faca que tinha no carro. Entretanto, a polícia investiga se ele não pegou a faca de dentro de casa.

Daniel chegou a enviar via Whatsapp a um amigo imagens dele ao lado da esposa de Edison na cama do casal, o que teria levado o empresário a cometer o assassinato. Nas fotos, Cristiana dorme enquanto o jogador faz caretas.

Antes de ser preso, Edison chegou a ligar para a família e amigos de Daniel para prestar solidariedade. Allana também trocou mensagens com uma parente de Daniel afirmando que não houve briga na casa da família e que o jogador foi embora sozinho na noite do assassinato.

Daniel teve passagem apagada pelo Coritiba em 2017, prejudicada por lesões. Natural da cidade de Juiz de Fora (MG), teve também passagens por Cruzeiro, Botafogo, São Paulo, Ponte Preta e estava atualmente no São Bento de Sorocaba (SP). O corpo do jogador foi enterrado no dia 31 de outubro na cidade de Conselheiro Lafaiete, também em Minas Gerais.

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