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Além de alface, Chácara Silva tem rúcula, brócolis, couve e beterraba para vender nesta quarta-eira. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Além de alface, Chácara Silva tem rúcula, brócolis, couve e beterraba para vender nesta quarta-eira.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A Chácara Silva, no começo da Estrada da Graciosa, na divisa entre Pinhais e Colombo, na região metropolitana de Curitiba, é uma alternativa para quem quer consumir verduras durante a crise do desbastecimento causada pela greve dos caminhoneiros, que chega ao décimo dia nesta quarta-feira (30) - na capital, a feira do bairro São Francisco funcionou de manhã apenas com uma barraca, a de queijos e salames. Basta ir lá e comprar. O endereço é Ernesto Cavali, 46, em Colombo.

Na manhã desta quarta (30) havia alface, rúcula, brócolis, couve e beterraba para quem quisesse comprar.Todas as verduras são orgânicas. Também há mandioca, especiarias, flores e algumas frutas, como morango e limão. Já cenoura, batata, tomate e cebola estão em falta.

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A alface e a rúcula custam R$ 4 a peça. O agrião, R$ 5, mesmo preço do quilo do limão. O morango sai a R$ 7 a bandeja e a mandioca por R$ 8. Brócolis e couve saem por R$ 4.

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“Não para de chegar gente. Atendemos todo o pessoal da região e também moradores do Água Verde e Cabral”, conta Soeli Lanhoso, que trabalha na chácara. Ela e o marido têm adotado como política durante a crise de abastecimento não atender os supermercados e restaurantes justamente para priorizar os clientes avulsos. O movimento na manhã desta quarta foi tanto que Soeli não conseguiu nem fazer o almoço. “O movimento não para, minha filha fez o almoço”, conta.

De acordo com o advogado Carlos Alberto Rattmann, 52, que comprou rúcula, alface americana e morango nesta quarta, a chácara é uma alternativa às prateleiras vazias dos supermercados. “Eu passo frequentemente pela região e decidi pegar aqui as verduras da semana”, conta.

O advogado Carlos Alberto Rattman foi buscar verduras nesta quarta na chácara.Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Roger Cervantes, 38 anos, empresário e morador de Pinhais, também na região metropolitana, percorreu três mercados atrás de folhas verdes e não encontrou. “É uma alternativa para quem é da região. Esse é o único lugar que tem. Os comércios menores até já fecharam”, comenta.

Enquanto a Gazeta do Povo esteve no local nesta manhã, pelo menos 20 carros pararam para buscar verdura. A preferência é alface americana.

A Chácara Silva existe desde 1985 e tem verduras da terra e hidropônicas. São apenas quatro funcionários que trabalham de domingo a domingo. “Não mexemos no preço, mas muitas pessoas falam que as verduras são muito caras. Mas tem que lembrar que dá muito trabalho produzir”, conta Soeli.

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