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Contra “sommeliers”, Curitiba vai restringir vacinação quando abrir novas faixas etárias
| Foto: Pedro Ribas/SMCS

A secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, disse nesta quarta-feira (7) que a capital voltará a fazer dias de repescagem na vacinação contra a Covid-19 para profissionais de educação, pessoas com comorbidades e faixas etárias já convocadas quando receber mais doses, mas, nos dias em que ocorrerem aberturas para novos grupos etários, deve aceitar no máximo pessoas da idade imediatamente anterior.

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A secretária alegou que o objetivo é evitar os chamados “sommeliers da vacina” - pessoas que preferem se vacinar depois da data em que seu grupo etário é chamado porque querem receber um imunizante de sua preferência.

Nesta quarta-feira, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) limitou a vacinação por idade contra a Covid-19 para pessoas com 41 anos completos e para as de 42 que não conseguiram receber a vacina na terça (6). Pessoas com idade acima disso não puderam se vacinar – o que seria a chamada "repescagem".

Huçulak afirmou, em entrevista coletiva a respeito da volta de Curitiba à bandeira amarela, que na terça-feira 9.239 pessoas com idade acima de 42 anos, faixa convocada para o dia, apareceram para se vacinar. Com essa demanda extra, a pasta, que planejou vacinar cerca de 19 mil pessoas na terça, imunizou quase 28 mil. A secretária acredita que essa demanda “totalmente fora da curva” decorreu do fato de que muitas pessoas esperaram para procurar a vacinação porque pretendiam ser imunizadas com uma vacina de sua preferência.

“A gente não acredita que um número tão expressivo de pessoas estava internado e não pôde ir na data (em que sua faixa etária foi chamada)”, apontou Huçulak. Ela argumentou que a atitude de postergar a vacinação para receber determinada vacina dificulta o planejamento da SMS e cria dificuldades para o plano local de imunização.

“Hoje (quarta-feira), uma pessoa de 68 anos bateu o pezinho, uma faixa etária para a qual já fizemos segunda dose, porque queria de qualquer jeito (ser imunizada com) determinada vacina. É uma vergonha, ficou fazendo barraco, foi muito mal educada com a nossa equipe”, criticou.

A respeito do retorno de Curitiba à bandeira amarela, Huçulak apontou que a medida foi possível devido à melhora dos indicadores da capacidade de resposta do sistema de saúde à pandemia – a ocupação de leitos de enfermaria está em 56% e a de UTIs, em 81%.

“Mas queremos enfatizar que a pandemia não acabou. Eu sempre tenho receio quando vamos para a bandeira amarela porque as pessoas têm a impressão de que está tudo liberado”, disse a secretária, que citou que há mais de 7,2 mil casos ativos de Covid-19 na capital e que o índice de transmissão está em 0,95 – a transmissão é considerada em remissão quando o índice está abaixo de 1.

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