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A defesa de Cristiana Brittes, acusada de participação na morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, classificou a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) de “aventura jurídica” ao tentar acusá-la de homicídio qualificado por motivo torpe. Segundo o advogado Cláudio Dalledone Júnior, a denúncia não se sustenta, pois é uma interpretação do promotor público João Nilton Salles e não está no depoimento das testemunhas.

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“É o maior absurdo que há nessa denúncia”, afirmou Dalledone Júnior, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (28). De acordo com ele, Cristiana foi vítima de importunação sexual e tentativa de estupro por parte de Daniel. Ela estava em sua cama, dormindo e embriagada quando foi importunada pelo jogador, que teria trancado a porta do quarto. Ela também não teria ordenado que as agressões contra Daniel fossem feitas fora da casa. Ela também não teria domínio sobre a situação para determinar que a violência cessasse.

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O escritórios de Dalledone, que defende também Édison Brittes Junior e Allana, sustenta que a melhor defesa para os acusados será a própria peça da denúncia, pois o promotor não tem convicção do que está acusando. Para Dalledone, agora os acusados terão a oportunidade real de se defenderem no processo judicial, sem a repercussão que o caso provocou. Ele diz ter certeza de que a acusação de homicídio contra Cristiana será rechaçada na Justiça.

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A defesa também disse estranhar o fato de o MP afirmar que o que Daniel fez naquele dia foi uma brincadeira, ao se deitar na cama ao lado de Cristiana e tirar fotos e gravar áudios com insinuações sexuais. “Foi o Daniel quem puxou o gatilho da desgraça e construiu um homicida”, afirmou Dalledone, referindo-se a Édison Brittes Junior.

A defesa dos três acusados deve insistir na tese de justiçamento, ou seja, que o crime foi cometido porque todos os envolvidos estavam acometidos de forte comoção diante das atitudes de Daniel. “A própria denúncia traz ali uma carga emocional envolvendo todos os envolvidos e embalando todos para o cometimento dessa tragédia”, disse Dalledone.

A defesa também rechaçou a tese que Daniel foi torturado e da acusação de corrupção de adolescente, e ainda de que a festa na casa dos Brittes não tinha nenhum controle. Segundo Dalledone Júnior, ao contrário do que afirmou a Promotoria, o uso do banheiro da suíte da família não estava sendo usado por todos na festa, pois havia outro banheiro social na residência.

Menor

O advogado afirmou ainda que a denúncia do MP atinge também a jovem menor de idade, que seria amiga de Cristiana Brittes. Ela seria acusada de fraude processual também, por ter ajudado a limpar a casa dos vestígios de sangue. O gabinete do promotor João Salles não confirmou nem descartou a informação. Apenas disse que não comentará teses de defesa e que o gabinete não trabalha com questões relacionadas a menores de idade.

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