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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo/Arquivo

A violência deu as caras 2,7 vezes por dia na educação municipal de Curitiba. Entre janeiro e 10 de abril, foram 275 episódios, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação. Os dados de vandalismo e intrusões em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e escolas de 2018 são melhores na comparação com o mesmo período do ano passado, mas estão longe de serem satisfatórios. Até abril de 2017, tinham sido registrados 360 casos; foram 1.069 em todo o ano passado, média de 2,9 por dia.

Segundo a Secretaria, foram 103 registros de vandalismo e 172 intrusões (que podem levar a furto e danos nas estruturas internas) em 2018. Houve aumento de 80% nos casos de vandalismo. “Esses atos prejudicam e muito o atendimento. Causam prejuízo muito significativo. O recurso que poderia servir para mobiliário, materiais, brinquedos acaba sendo realocado para colocação de alambrado, pintura de muro, reposição de extintores”, afirma Maria Cristina Brandalize, diretora de Logística da pasta.

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Os bairros mais impactados ficam nas regionais do Sul da cidade, como Cidade Industrial de Curitiba e Bairro Novo. No Sítio Cercado, na mesma região, um CMEI foi alto de violência quatro vezes em apenas uma semana. Foram levados DVDs, TVs e uma boneca chegou a ser esfaqueada como forma de ameaça.

O Centro de Educação Infantil Família Feliz, a Escola Municipal Professora Maria Neide Gabardo Betiatto e a Unidade de Saúde, todos no Umbará, também foram atingidos neste ano.

Para a prefeitura, a explicação passa por fatores que envolvem questões sociais, financeiras, o tráfico de drogas e a vulnerabilidade de algumas comunidades. Para minimizar a situação a administração municipal mantém um contrato com uma empresa de segurança para monitoramento dos ambientes internos. A empresa também é responsável pela reposição dos materiais furtados e conserto de portas arrombadas. Os espaços externos são de responsabilidade da prefeitura, que conta com a ajuda da Guarda Municipal (GM).

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A GM ainda opera diariamente nas 38 escolas mais vulneráveis durante o horário escolar. Não há previsão para aumentar o efetivo.

A prefeitura pede ajuda para conter a violência. “Nós temos que nos antecipar em prevenção, grades, mas não podemos fechar as unidades. Os muros altos dão sensação de segurança, mas quanto mais aberta a escola for, melhor. Os espaços precisam ser livres para a comunidade, até para os vizinhos visualizarem o que está acontecendo”, completa Brandalize. “Não desejamos que a comunidade faça enfrentamento da violência, mas nos ajude com informações”. Os telefones recomendados são o 153 (contato emergencial da cidade) e 3045-7940 (telefone da empresa de segurança).

A prefeitura de Curitiba tem 185 escolas e 218 CMEIs, e atende 141 mil crianças/estudantes.

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