Edith Karam Capararo: 101 anos e o amor ao sítio, ao tango e aos sobrinhos

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Edith Karam Capararo foi a primeira filha do casal Maria e Kalil Karam. E m homenagem à menina, o pai deu o nome à famosa loja Casa Edith. A primogênita nasceu no apartamento em cima do casarão azul na Praça Generoso Marques, na capital – até hoje com as portas abertas. Ícone da identidade curitibana, o comércio, inaugurado em 1917, fez história com os chapéus, bengalas e acessórios masculinos.

Filha de um imigrante libanês, não recebeu o dom para o comércio do pai. Foi sempre do lar, com a pompa e a circunstância de uma mulher nascida no início do século passado. Na época de carnaval, Edith e as irmãs participavam dos desfiles dos corsos pelas principais ruas da cidade, da alegria e da diversão das chuvas de confetes e serpentinas sempre jogados em frente à loja, conhecida como "QG de Momo".

Jovem, casou-se com o argentino Atílio Capararo, representante de uma empresa de navegação portenha. Aprendeu com ele os passos de tango – dança na qual se tornou exímia – e o gosto pela viagem.

Para viver esse grande amor, deixava os seus de vez em quando. Mantinha três residências: uma na Argentina, uma em Curitiba – em uma das casas geminadas na Rua XV, a Vila Maissalum –, e também sua mais querida e última morada em Balneário Camboriú, no Litoral de Santa Catarina.

Não teve filhos, mas reservou um espaço mais do que especial no coração para os sobrinhos. Três deles – Claudio, Carlos e Celso – chegaram a morar com ela. Mesclava a delicadeza e a energia necessárias no trato dos pequenos. A sobrinha Maria Rodrigues Karam conta que a tia "tinha uma cabeça aberta". Passeou pelo mundo em companhia do marido e aceitou morar na vizinha Santa Catarina para dar vida ao pequeno sítio, nominado carinhosamente de "Mi Ranchito". A propriedade foi adquirida por Atílio quando o balneário ainda nem era famoso e caminhava a passos lentos em seu desenvolvimento.

Há mais de 50 anos, não era fácil chegar até lá. Saindo de Curitiba, era preciso atravessar de balsa o Rio Itajaí e seguir por muito caminho de chão. Andar à noite pelas ruas de terra,só se levasse uma lanterna para iluminar o percurso. Sem asfalto, sem iluminação e, mesmo assim, o porto seguro de Edith.

Os sobrinhos não se esquecem das constantes visitas, dos almoços onde era servido o "guiso" – uma espécie de ensopado, típico argentino –, dos banhos de mar e de sol nos gramados da casa, como recorda a sobrinha Regina.

Ficou viúva há 11 anos, mas não quis saber de sair do seu cantinho. Toda vez que vinha para Curitiba visitava o túmulo do marido, o Santuário Schoenstatt e participava das festas de família. Nessas ocasiões se lembrava de perguntar antes de entrar no carro: "vou voltar?". Edith sempre voltava para os anjos da guarda que a acompanharam nos últimos anos no balneário: o casal Marili e Sandro, e a amiga Élida.

Completou 101 anos em 18 de julho. Era a última dos filhos de Maria e Kalil. A sobrinha Maria lembra-se da surpresa da tia quando se preparavam para os festejos de cem anos. Ela olhou para as fotos da sala como se relembrasse de toda a história e disse: "nunca imaginei chegar a essa idade". Mesmo centenária, nunca abandonou a vaidade: sempre estava bem vestida e de boca pintada, brinca Maria. Deixa 11 sobrinhos, sobrinhos-netos e sobrinhos-bisnetos.

Dia 21 de novembro, aos 101 anos, de morte natural, em Curitiba.

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Adinair Bruno do Nascimento, 77 anos. Profissão: do lar. Filiação: Antônio Bruno de Oliveira e Cláudia Bruno de Oliveira. Sepultamento ontem. Ahmad Mohamad Abdul Baki, 85 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Ahmad Mohamad Abdul Baki e Fateme Abdul Baki. Sepultamento ontem. Alexandre Crispim de Almeida, 15 anos. Profissão: estudante. Filiação: Maurício Crispim de Almeida e Simone Barros da Silva. Sepultamento ontem. André Henrique de Souza, 15 anos. Profissão: estudante. Filiação: Rosa Maria de Souza. Sepultamento às 17h, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo da capela mortuária do Conjunto Monteiro Lobato, bairro Tatuquara. Anna Mendes Ferreira, 100 anos. Profissão: agricultora. Filiação: Jezuino Mendes Ferreira e Maria Magdalena do Espírito Santo. Sepultamento ontem. Annemarie Noering Grummt, 57 ano. Profissão: bancário. Filiação: Leopoldo Grummt e Maria Noering Grummt. Sepultamento ontem. Antônia Terezinha Moraes Matos, 80 anos. Profissão: zeladora. Filiação: José de Almeida Moraes e Alice de Moraes. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Santa Cândida, saindo de residência. Avelino Mendes, 81 anos. Profissão: motorista. Filiação: Estevam Mendes e Cristina Sant Ana Mendes. Sepultamento ontem. Carlos Henrique Góes de Macedo, 19 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Antônio Carlos Santos de Macedo e Nilzete Moreno Góes de Macedo. Sepultamento ontem. Cleverson Rudolf Costa, 28 anos. Profissão: auxiliar. Filiação: Ismael da Costa e Vera Lúcia Rudolf. Sepultamento ontem. Darcy Natel Teixeira, 73 anos. Filiação: Antônio Rocha Teixeira e Anna Maria Natel Teixeira. Sepultamento ontem. Elias Cardoso, 33 anos. Filiação: Telêmaco de Oliveira Cardoso Filho e Eva Izete Cardoso. Sepultamento ontem. Esmael Sangalette, 72 anos. Profissão: carpinteiro. Filiação: Constantino Sangalette e Noêmia Pizelli. Sepultamento ontem. Gabriel de Assis Carvalho, 75 anos. Profissão: vigilante. Filiação: João Antônio de Carvalho e Margarida Maria de Assis. Sepultamento ontem. Gumercindo Carneiro da Silva, 74 anos. Profissão: autônomo. Filiação: João Carneiro da Silva e Arminda Rodrigues de Ramos. Sepultamento ontem. Gustavo Matheus Osiouvey Fontalva, 22 dias. Filiação: Carlos Eduardo Fontalva e Danieli Osiouvey. Sepultamento ontem. Hugo Roberto Cochask, 63 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Joaquim do Carmo Cochask e Lúcia Stabem Cochask. Sepultamento às 10h, no Cemitério Paroquial Santa Cândida, saindo da capela 2. Izulina Barbosa de Oliveira, 73 anos. Profissão: professora. Filiação: Henrique Vicente Barbosa e Maria da Trindade Moreira. Sepultamento às 9h, em local a definir, saindo da capela do Cemitério Municipal de Conselheiro Mairinck (PR). João José Jauch, 59 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Antônio Jauch e Martha Jauch. Sepultamento às 11h, no Cemitério Municipal Boqueirão, saindo da capela 1. José Eleandro Cândido, 29 anos. Profissão: servente. Filiação: José Antônio Cândido e Ruthe de Fátima Lopes da Silva. Sepultamento às 14h, no Cemitério Municipal da Fazenda Rio Grande. Júnior de Aguiar, 22 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Júlio de Aguiar e Edite Fátima de Oliveira. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da capela do Cemitério Municipal de Quedas do Iguaçu (PR). Kauane Yasmin de Souza, 9 meses. Filiação: Dienison de Souza e Elisângela de Bonfim. Sepultamento ontem. Luiz Carlos Grunski Bueno, 54 anos. Profissão: metalúrgico. Filiação: Silas Ferreira Bueno e Ida Nelly Grunski Bueno. Sepultamento ontem. Marcos Antônio Santos, 66 anos. Filiação: Lídia da Conceição Santos. Cerimônia às 10h, no Crematório Vaticano, saindo do Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical.

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As informações constantes na relação de falecimentos são fornecidas pelo Serviço Funerário Municipal. Fone: 3324-9313.

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