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Jorge de SouzaJorge nasceu próximo daquilo que seria o seu destino: O Cine Morguenau, da Curitiba de 1929. Tinha cinco irmãos e, quando não estava na escola, se dirigia ao antigo cinema, fosse para assistir a algum filme, ou para trocar figurinhas e gibis. Assim que teve idade suficiente, conseguiu trabalhar como auxiliar de operador de cabine. Depois de algum tempo, foi efetivado e chegou a ser o próprio operador, o que era uma profissão de elite. Para complementar sua renda, trabalhou também na companhia aérea Cruzeiro do Sul, mas, assim que teve oportunidade, voltou a dedicar-se inteiramente ao cinema. Quando o proprietário resolveu se desfazer do Cine Morguenau, Jorge, com a ajuda dos irmãos, resolveu comprar o negócio. Nos anos seguintes, mudaram-se várias vezes: do Cristo Rei, da Praça Rui Barbosa e da Praça 19 de Dezembro, até sua última localidade, a Rua Conselheiro Laurindo. Na década de 1980, o cinema já havia perdido parte de seu prestígio e Jorge tomou uma difícil decisão: passou a exibir filmes pornô. O amigo Harry Luhn, outro apaixonado por cinema, diz que Jorge se justificava, dizendo que só havia mudado o foco de seu cinema para poder continuar trabalhando com a sétima arte. "Não sei fazer outra coisa da vida", dizia Jorge ao amigo. O último dia 30 foi a primeira vez que o Cine Morguenau deixou de receber a reunião do Cine Clube, formado há muitos anos por amantes do cinema antigo. Harry diz que a intenção é retomar as reuniões o mais breve possível, sempre na última sexta-feira do mês, pois era um momento de felicidade para Jorge. Nas ocasiões, ele podia fazer o que mais gostava, falar sobre o cinema, especialmente o dos anos 1940 e 1950. Pelos frequentadores Jorge era considerado uma enciclopédia, tinha na ponta da língua todas as informações sobre o enredo, elenco, produção, brigas de diretores, novos contratos, e tudo mais sobre aquela época. Era religioso e todo ano, na Sexta-Feira Santa, ele tirava os cartazes eróticos das paredes do cinema e projetava o filme Paixão de Cristo. Jorginho, um dos dois filhos de Jorge, conta que a tristeza de seu pai era não ter conseguido um espaço próprio para montar um "Museu do Cinema", onde ele poderia expor seu "tesouro", livros, filmes, revistas e os mais diversos documentos sobre cinema. A família está empenhada para organizar e catalogar tudo, e o sonho que era do pai, agora é a luta de seu filho. Deixa a viúva, dois filhos, três netos.

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Dia 29, aos 80, problemas cardíacos.

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Bernardo Alves da Cruz, 78 anos, militar, filho de Francisco Alves da Cruz e Maria Quintina de Miranda. Viúvo de Eunice Ribeiro da Cruz. Sep. ontem no Parque Metropolitano (Fazenda Rio Grande), PR.

Harrison Lagemann, 32 anos, vigilante, filho de Hari Lagemann e Vera Lúcia Lagemann. Sep. ontem no Cemitério Jardim da Saudade II (Pinhais), PR.

Ibrahim Sleiman Takla Júnior, 25 anos, filho de Ibrahim Sleiman Takla e Roseli Terezinha Takla. Sep. ontem.

José Maria Garcia, 81 anos, lavrador, filho de Alfredo José Garcia e Delfina Mariano dos Santos. Deixa viúva Edite Pereira Furtado. Sep. às 15 h, em cemitério a ser designado, em Lages, SC.

Leogina Ton, 69 anos, lavradora, filha de Estanislau Przybila e Bronislava Przybila. Deixa viúvo Osvaldo Antônio Ton. Sep. às 11 h, em cemitério a ser designado, saindo da capela da Igreja Santa Ana – Distrito de São Pedro – Contenda, PR.

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Leony Weiss Devai, 92 anos, do lar, filha de Ernesto Weiss e Adelaide Weiss. Deixa viúvo Jorge Devai. Sep. ontem.

Maria Antunes de Oliveira, 70 anos, do lar, filha de Eduardo José de Oliveira. Deixa viúvo Darcy Pires dos Santos. Sep. às 9 h, no Memorial da Vida Pq. Cemitério (São José dos Pinhais), saindo da capela do municipal do Boqueirão.

Paulo de Almeida Garrett, 87 anos, militar, filho de Anselmo de Almeida Garrett e Escolástica dos Santos Garrett. Deixa viúva Maria Affife Garrett. Sep. ontem no Cemitério Bom Jesus (municipal de Piraquara), PR.

Rafael Simões Beltrão, 54 anos, agricultor, filho de Alceu Trevisani Beltrão e Alcyonee Simões Beltrão. Deixa viúva Célia Costa Freire de Carvalho Beltrão. Sep. ontem.

Sílvio Drula, 65 anos, operador de máquinas, filho de Roberto Drula e Aurora Drula. Deixa viúva Francisca Antônia de Castro Drula. Sep. ontem.

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William Guilherme da Silva Brezolin, 18 anos, filho de Vílson Brezolin e Ângela Maria da Silva de Carvalho. Sep. ontem no Cemitério Jardim Independência (Araucária), PR.

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As publicações neste espaço são gratui­tas. Faça contato com a Central de Redação, pelo fax (041) 3321-5129, ou por e-mail leitor@gazetadopovo.com.br – Fonte: Serviço Funerário Municipal. Fones 3233-2585 e 3324-9313.