| Foto: Arquivo da família

Há pouco tempo, um presente dado por um genro mexeu com a imaginação da paranaense Rosa Cararo: era uma máquina fotográfica. Os parentes se surpreendiam ao vê-la, aqui e ali, clicando seus vasos de flores, a horta e os pássaros que visitavam seu quintal. Estava de fato de bem com a vida. Tinha se aposentado. Havia os dois netos pequenos, Maitê e Lazlo. Nada mais natural do que registrar tudo o que amava. Este álbum de retratos acabou por se tornar seu testamento. Rosa se foi de repente, aos 68 anos, ainda bela como na juventude.

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Sua história começa no Paraná Central, em Pitanga, e na cidade próxima, Campo Mourão. Filha de comerciantes remediados, teve a tal da infância que pediu a Deus. Quando narrava seus tempos de guria, era como se narrasse um filme.

Houve até o dia do circo, um dos momentos mais marcantes da infância. Nunca mais esqueceu. Era capaz de descrever cada cena do picadeiro. Já idosa, foi assistir ao Cirque du Soleil. Empolgou-se com o que viu, mas também com as lembranças ainda vivas do palhaço e do atirador de facas, que um dia conheceu nos sertões do Paraná, um estado de cafezais e dos pinheirais, que ela tão bem conheceu. Não estranha era sua paixão pela natureza.

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Seriam lembranças luminosas, não fosse a família "ter caído em desgraça", como se dizia antigamente. Um dos filhos de Rosa, Marcos, descreve o ocorrido na década de 1950 como um faroeste caboclo. Mas sabe poucos detalhes. Reina o silêncio em torno do ocorrido com o vereador Querino Cararo, nos sertões do Paraná. "Houve até um cerco no casarão em que os parentes viviam", diz, em tom épico de "O Tempo e O Vento".

Depois da devassa, os Cararo migraram para as vizinhanças da Colônia Muricy, em São José dos Pinhais. Rosa, então uma moça, virou operária de fábrica de papel Zaniolo. E ainda foi copeira das internas do Colégio Sagrado Coração de Jesus, no bairro Água Verde, na capital. Conheceu a dificuldade, mas também os livros, por influência das estudantes. Cultivou-os dali para frente, até o fim de seus dias. Que os próximos se lembrem, nunca lamentou a má sorte e o infortúnio.

Os capítulos seguintes foram muitas vezes de provação. Vieram os seis filhos – um deles morto ainda pequeno. A separação do marido, 20 anos depois das núpcias. A experiência breve como alfabetizadora na Escola José Anchieta – de onde saiu debaixo de méritos. E novamente o imperativo de garantir o sustento de sua tropa. Rosa se tornou cantineira do Colégio Estadual Afonso Pena. Fez sucesso. A moça prendada do Paraná Tradicional era a melhor quituteira da região. Vivia cercada de elogios e mimos – professores e alunos a tinham como alguém de casa. No seu lar de fato, deliciava a turma com os assados de porco, sua especialidade, e temperos sobrenaturais.

Despedir-se da escola lhe custou. Gostava da rotina das merendas, dos recreios cheios de som e fúria, de se sentir parte do mundo. Mas não fazia silêncio na hora de oferecer a palavra para os filhos e amigos. Difícil não se referir a Rosa sem lembrar de sua educação. Era mulher de gestos finos, traços aristocráticos e elegância natural. Dada a ver o lado bom da vida, consolava os aflitos. O filho Marcos, nas exéquias, lhe redigiu um texto comovente: "Simplesmente Rosa".

O segredo? Sua nobreza incluía a humildade, motivo de despertar tamanha admiração por onde quer que passasse. Mas sabia ser altiva. Dona de seu próprio nariz, desde a separação, gostava de agir com liberdade, inclusive na religião. Devota de Nossa Senhora das Graças, deliciava-se também com o "Momento Espírita", na Rádio Ouro Verde. Tudo lhe dizia respeito. "Tinha tantos conhecidos que nunca fazia o mercado em menos de duas horas. "Meio mundo" parava para conversar com ela", conta Marcos. Deixa cinco filhos – Marcos, Marcelo, Luiz Antônio, Edna, Valéria e Isabel – e dois netos.

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Dia 19 de novembro, aos 68 anos, de complicações de um câncer no útero.

* * * * *Adelaide de Jesus Moreira Alessi, 86 anos. Filiação: Aristides Moreira e Oliria Marcondes Moreira. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Iguaçu. Alfredo Geo Fortunato Filho, 60 anos. Profissão: químico industrial. Filiação: Alfredo Geo Fortunado e Elza Fortunato. Cerimônia às 11h, no Crematório Vaticano, saindo da Capela Vaticano - Jade. Ana Paes Rodrigues, 77 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Silvério Paes e Antônia Maxima do Espírito Santo. Sepultamento ontem. André de Carvalho, 29 anos. Filiação: Cláudio de Carvalho e Lili Marlene de Carvalho. Sepultamento ontem. Antônio César Nicoli, 53 anos. Profissão: médico veterinário. Filiação: Antônio Nicoli e Leozina Alves Nicoli. Sepultamento às 16h, no Cemitério Parque Iguaçu, saindo do C. Municipal São Francisco de Paula - capela 2. Benjamin Lorenzo Wudarski de Camargo, 4 meses. Filiação: Misael Camargo da Silva e Francieli Wudarski de Souza. Sepultamento às 11h, em local a definir, saindo da capela do Cemitério Parque das Oliveiras , em Londrina (PR). Carla Egle de Lima Schimaida, 27 anos. Profissão: auxiliar administrativo. Filiação: Teo-domiro José de Lima e Rosân-gela Maria de Lima. Sepulta-mento às 10h, no Cemitério Jardim Independência, em Araucária. Derlei de Jesus Oliveira, 38 anos. Profissão: motoboy. Filiação: Leônidas Oliveira e Abigail Maria Aires Oliveira. Sepultamento ontem. Dionísio Vizentin, 61 anos. Profissão: motorista. Filiação: José Vizentin e Claudina Biazibetti Vizentin. Sepultamento às 10h, no Cemitério Parque Iguaçu, saindo da Capela Comunitária Bairro Novo.

Elton de Oliveira, 55 anos. Filiação: Laudelino Gonçalves de Oliveira e Leonor Maria de Jesus Oliveira. Sepultamento ontem. Ema Maria Bonetto de Sá Barreto, 71 anos. Profissão: do lar. Filiação: Enzo Bonetto e Frida Zipperer. Sepultamento às 17h, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula, saindo da capela 1. Esther Souza Lacour, 84 anos. Profissão: do lar. Filiação: Caetano de Souza Lima e Maria Souza Lima. Sepultamento às 10h, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical, saindo de Assembelia de Deus no bairro Capão da Imbuia. Fábio César das Neves, 53 anos. Profissão: engenheiro químico. Filiação: Marlene do Rocio das Neves e Marlene do Rocio das Neves. Sepultamento ontem. Geraldo Pereira da Rocha Filho, 63 anos. Profissão: militar. Filiação: Geraldo Pereira da Rocha e Izolina de Jesus Rocha. Cerimônia às 9h, no Crematório Vaticano, saindo da Capela Vaticano - Esmeralda. Iris Dusnelda Stapait Costa, 80 anos. Profissão: do lar. Filiação: Alexandre Stapait e Paula Irma Stapait. Sepultamento às 9h, no Cemitério Jardim da Saudade II, em Pinhais. Irman de Paula da Silva, 67 anos. Profissão: do lar. Filiação: Laurindo Leite de Paula e Belmira Maria de Proenca. Sepultamento às 10h, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, saindo de residência. Jackson Equecio Lourenço de Gouveia, 20 anos. Profissão: servente. Filiação: Roseli Lourenço de Gouveia Lima. Sepultamento ontem. Jandyra Guidolin dos Santos, 85 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Guidolin Filho e Sylvia Saldanha Guidolin. Sepultamento ontem. Jozadabis Pedro, 58 anos. Profissão: mecânico. Filiação: Lázaro Pedro e Margarida Maria de Jesus. Sepultamento ontem. Júlia Polido, 79 anos, do lar. Filiação: André Polido e Maria Ribeiro. Sepultamento ontem. Laurita Costa Rosa, 55 anos. Profissão: assistente administrativo. Filiação: Laurindo Costa Rosa e Agostinha da Silva Rosa. Sepultamento ontem. Leonilson Oliveira do Nascimento, 62 anos. Profissão: motorista. Filiação: Pedro Machado do Nascimento e Leonida Oliveira do Nascimento. Sepultamento às 10h, no Cemitério Municipal Á. Verde, saindo da capela 2. Liverson Nicosky de Oliveira, 29 anos. Profissão: auxiliar de serviços gerais. Filiação: Laertes de Oliveira e Luzia Nicosky. Sepultamento ontem. Lucidio Prestes da Silva, 84 anos. Profissão: motorista. Filiação: Brazilino Estevão da Silva e Lucidia Prestes dos Santos. Sepultamento ontem. Luzia Aguitone, 75 anos. Profissão: professora. Filiação: Sebastião Alves Freitas e Albertina do Carmo. Sepultamento às 10h, no Cemitério Municipal Boqueirão, saindo da capela da Associação do Jardim Paranaense. Marco Cícero Takassake Broska, 54 anos. Filiação: Darvin Broska e Ione Takassaka Broska. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da capela do Cemitério São João Batista, em Antonina (PR). Maria Marlene da Luz, 64 anos. Profissão: funcionária pública municipal. Filiação: Helena Ferreira dos Santos. Sepultamento ontem. Maria Trevisan Budel, 88 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Trevisan e Pasqua Zanchettin. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Santa Felicidade. Maria das Neves Callai, 57 anos. Profissão: do lar. Filiação: Miguel Caparroz e Tereza Lopes. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela Comunitária em Itaipulândia (PR). Marina Menezes Pereira, 65 anos. Profissão: do lar. Filiação: Manol Francisco de Menezes e Mariana dos Santos. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, em São José dos Pinhais, saindo da Capela Berti, na mesma cidade. Mário Cordeiro Pinto, 83 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: João Cordeiro Pinto e Florentina Maria Toaldo. Sepultamento ontem. Marisa Ester Navochale, 55 anos. Profissão: segurança. Filiação: Arlindo José Navochale e Maria Nickel Navochale. Sepultamento ontem. Nelio Marcos Orzechowski, 37 anos. Profissão: contador. Filiação: Tadeu Orzechowski e Alice Orzechowski. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da capela mortuária do Cemitério Munic. de Guarapuava (PR). Neuraldo Tadeu Pereira, 55 anos. Profissão: jardineiro. Filiação: Dirceu Francisco Pereira e Sirila Pereira. Sepultamento ontem.

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