| Foto: Arquivo da família

Sem medo de sujar o sapato de terra ou de atender à emergência de saúde que fosse, o médico Salomão Iankilevich fez os primeiros anos da carreira no interior do estado. As estradas de chão de Paranavaí, Cambará, Jacarezinho, Bandeirantes, Londrina, Centenário do Sul e Jaguapitã conheceram a fama do doutor Salomão. Ele prestava atendimento a quem quer que fosse – independente do pagamento ser em dinheiro, galinhas ou porcos.

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Nascido em Florianópolis (SC), em 1923, foi o quinto filho dos sete rebentos de um casal de russos que fugiu da perseguição antissemita na Europa. Salomão morou em muitos lugares, mas se estabeleceu com a família em Curitiba – quando já era adolescente. Passaram pelo Chile, Argentina e outros estados brasileiros, mas resolveram fincar raízes no Paraná.

Serviço

As publicações neste espaço são gratuitas. Faça contato com a Central de Redação, pelo fone (041) 3321-5832, ou por e-mail obituario@gazetadopovo.com.br . As informações constantes na relação de falecimentos são fornecidas pelo Serviço Funerário Municipal. Fone: 3324-9313.

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Concluiu o então chamado ‘ginásio’, atual Ensino Médio, na capital paranaense. Alguns anos depois, formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, em 1948. Embora a faculdade fosse gratuita, Salomão precisou incluir a rotina de trabalho junto com os estudos, pois precisava ajudar a família. Foi lanterninha nos cinemas e representante de produtos farmacêuticos.

Frequentador da Sociedade Israelita do Paraná, lá conheceu Lia, sua futura esposa. Ele era 13 anos mais velho que ela, mas ganhou o coração da moça, que era poetisa. O casamento ocorreu em 1959.

Logo depois o casal foi para o interior, onde começou a carreira de Salomão. A esposa, então uma jovem dama, chorou ao se deparar com o cenário que a esperava nas cidadezinhas. “Montou consultório de clínica geral num quarto da casa do farmacêutico José Gurgel, pôs uma placa na porta da frente e ficou no aguardo da clientela. Fez de tudo um pouco. Atendia a todo tipo de pessoas, desde parturientes até tuberculosos”, relata a filha, Débora Iankilevich.

Na década de 1960, com duas filhas e experiência profissional, Salomão voltou a atuar em Curitiba. Trabalhou como médico perito, primeiro na previdência estadual e depois no INSS. Mesmo no serviço público, descartava tratar a medicina como mercadoria. “Ele era aquele médico de ‘antigamente’, que fazia consultas de 40 minutos, perguntava tudo sobre o paciente. Inclusive na perícia ele atuava de forma humana, pois entendia que as pessoas procuravam a previdência em um momento delicado, de doença ou aposentadoria”, conta a filha.

Como responsável pela equipe médica do INSS em Curitiba, a primeira providência tomada por Salomão foi colocar cadeiras para quem esperava pelo atendimento. Antes, ficava todo mundo em pé – mesmo que a fila começasse ainda na madrugada.

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Perdeu sua amada esposa cedo, em 1982. Ela tinha 46 anos. Depois disso, não namorou nem casou. A sua verdadeira devoção pela mulher não o permitiu encontrar outra parceira. Para tentar suprir o vazio deixado pela partida de Lia, Salomão viajou – e muito – pelo mundo todo. A primeira foi para Israel. “Era um lugar que eles sonhavam conhecer juntos. Lá, ele mandou plantar 18 arvores em homenagem a ela. Em hebraico, o número 18 significa vida”, conta a filha.

O médico se aposentou aos 70 anos e ocupou seu tempo com música clássica, teatro e livros. Assistia aos concertos da Orquestra Sinfônica do Paraná aos domingos, no Teatro Guaíra. Mesmo com a idade avançada, Salomão aprendeu a mexer no computador e dirigiu até os 85 anos.

Aos 91 anos, o organismo já não respondia às necessidades do corpo da mesma maneira. “Meu pai era dono de lindos olhos verdes e um coração compassivo. Ele, para nós, sempre foi um homem sensível, com valores sólidos, amoroso e preocupado em proporcionar a melhor educação às filhas”, conta Débora. Nos últimos anos, Salomão viveu com a filha Rebeca, que se dedicou dia e noite aos cuidados com o pai. Além das duas filhas, deixa dois netos e dois bisnetos.

Dia 02 de março, aos 91 anos, em decorrência das complicações de uma pneumonia, em Curitiba.

Lista de falecimentos - 18/03/2015

Aglair Andersen Saboia, 89 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Nielsen Lars Andersen e Elvira M Andersen. Sepultamento ontem.

Alvacir Alves, 60 anos. Profissão: costureira. Filiação: Renulfo Alves e Deolinda Alves. Sepultamento ontem.

Augusto Cisa Antunes, 28 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Anselmo Cisa Antunes e Eva Cisa Antunes. Sepultamento ontem.

Áurea Mainardes dos Santos, 58 anos. Profissão: auxiliar de enfermagem. Filiação: Manoel Mainardes e Ercydia Aires. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Igreja do Evangelho Quadrangular de Vila Maria Antonieta, em Pinhais.

Catarina Kalinoski, 61 anos. Profissão: copeira. Filiação: Antônio Kalinoski e Maurícia Kalinoski. Cerimônia hoje, no Crematório Jardim da Saudade, em Pinhais, saindo da capela desse cemitério.

Daniel Sponholz, 41 anos. Profissão: desenhista industrial. Filiação: Jairo Sponholz e Neyre Furtado Sponholz. Sepultamento ontem.

Divina Aparecida de Lacerda, 61 anos. Profissão: secretária executiva. Filiação: João Miguel de Lacerda e Eva Geralda de Lacerda. Sepultamento ontem.

Dolores Prado Hoinschy, 84 anos. Profissão: do lar. Filiação: André Prado e Mônica Dubiela Prado. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Abranches.

Eliane do Rocio Rodrigues de Paula, 46 anos. Profissão: balconista. Filiação: Alcindo Rodrigues de Paula e Natália de Paula. Sepultamento ontem.

Enilde Gema Luvisa, 60 anos. Profissão: auxiliar de serviços gerais. Filiação: Valentin Luvisa e Maria Santina Garbini Luvisa. Sepultamento ontem.

Euclides Lucas dos Santos, 87 anos. Profissão: lavrador. Filiação: Vidal Lucas dos Santos e Maria Ribas dos Santos. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela Mortuária de Campo Magro.

Flávio Augusto Guerra dos Santos, 31 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Flávio Eduardo Teixeira dos Santos e Clarice Aparecida Guerra. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de local a ser designado.

Franz Enrique Caupolican Melcherts Hurtado, 73 anos. Profissão: engenheiro agrônomo. Filiação: Enrique Raul Melcherts Briones e Sara Inês Hurtado Aviles. Sepultamento ontem.

Gersso Lemos da Silva, 65 anos. Profissão: operador de máquinas. Filiação: Antônio Lemos da Silva e Maria Lopes. Sepultamento ontem.

Helena Oldakowski Skalski, 104 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Oldakowski e Emília Oldakowski. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula, saindo da capela 1.

Henrique Tracz, 63 anos. Profissão: lavador de carros. Filiação: Tadeu Tracz e Helena Tracz. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Água Verde, saindo da Capela Mortuária da Vila Oficinas..

Hermínia Coelho de Andrade, 101 anos. Profissão: lavrador. Filiação: Apolinário Paulo de Oliveira e Maria Coelho de Oliveira. Sepultamento ontem.

Jandira Alves de Almeida, 83 anos. Profissão: enfermeira. Filiação: Hermogenes Alves de Almeida e Lídia Soares de Oliveira. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da Capela Nossa Senhora da Penha, em Colombo.

Jéssica Carolina Silveira dos Santos, 24 anos. Profissão: do lar. Filiação: Alencar Cornélio dos Santos e Maria Silveira dos Santos. Sepultamento ontem.

Jhonatan Giovani Schoma, 23 anos. Profissão: auxiliar de cobrança. Filiação: Verônica Schoma. Sepultamento ontem.

José Gilberto de Oliveira, 45 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: João Roque de Oliveira e Maria de Andrade. Sepultamento ontem.

José Strappazzon Filho, 65 anos. Profissão: empresário. Filiação: José Strappazzon e Gema Ferrarini Strappazzon. Sepultamento ontem.

Lormirio Hilario Ferreira de Almeida, 68 anos. Filiação: Silvina Ferreira de Almeida. Sepultamento hoje, no Cemitério Guarituba, em Piraquara, saindo da Capela Luterana, na mesma cidade.

Lourival Rodrigues de Oliveira, 43 anos. Profissão: açougueiro. Filiação: Ataide Sebastião de Oliveira e Ana Fernandes de Souza Oliveira. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela Municipal de Almirante Tamandaré.

Lydia Ruthes, 78 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Ernesto Ruthes e Catharina Reichardt Ruthes. Sepultamento ontem.

Mairon Gabriel Muller da Rosa, 19 anos. Profissão: montador. Filiação: Luiz Carlos Lemes da Rosa e Patricia Muller. Sepultamento ontem.

Marcos Antônio Matias Ferreira, 39 anos. Profissão: pintor. Filiação: Osmarino Matias Ferreira e Maria Aparecida Ferreira. Sepultamento ontem.

Mário Antônio Amaral Barros, 58 anos. Profissão: farmacêutico. Filiação: Francisco Amaral Barros e Nair Carrara Amaral Barros. Sepultamento ontem.

Ovaldina Siqueira Russo, 94 anos. Profissão: do lar. Filiação: Brásílio de Almeida Siqueira e Anna Olinda de Siqueira. Sepultamento ontem.

Palmira Maria da Silva, 82 anos. Profissão: do lar. Filiação: Verônica Maria do Espírito Santo. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial São Marcos, saindo de residência.

Pedro Raimundo de Lima, 75 anos. Profissão: soldador. Filiação: José Raimundo de Lima e Rita Eduardo de Ilma. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Colônia Orleans, saindo da Igreja Presbiteriana Renovada Betel.

Regiane Fernandes de Souza, 27 anos. Profissão: vendedora. Filiação: Aparecido de Souza e Raquel Fernandes de Souza. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Boqueirão, saindo da Igreja Evangélica Heroi da Fé, no CIC.

Rosilda Aparecida Ferreira dos Santos, 54 anos. Profissão: auxiliar de enfermagem. Filiação: Jorge Ferreira dos Santos e Maria da Conceição Ferreira. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de local a ser designado.

Thereza Rodrigues Marques, 81 anos. Profissão: costureira. Filiação: Joaquim Rodrigues Gimenes e Roza Orlando Brigatti. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Iguaçu.

Tiago Chuves, 29 anos. Profissão: cabeleireiro. Filiação: João Chuves Neto e Elizete Aparecida Chuves. Sepultamento ontem.

Ulbaniza Rosa Dalmazo, 59 anos. Profissão: cozinheira. Filiação: Galbencio Bispo Fatel e Norberta Rosa Fatel. Sepultamento hoje, no Cemitério Universal Necrópole Ecumênica Vertical.

Walfrido Costa Júnior, 58 anos. Filiação: Walfrido Costa e Hilda Schideski Costa. Sepultamento ontem.

Condolências

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