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Golpistas estão ludibriando pessoas interessadas em adquirir itens por meio de leilões, fazendo-se passar por leiloeiros oficiais, cadastrados na Junta Comercial do Paraná (Jucepar). Para isso, os criminosos publicam na internet uma relação com nomes de leiloeiros não cadastrados na instituição e oferecem mercadorias a preços vantajosos, mas que na realidade não existem. Quando a pessoa se dá conta do golpe, já é tarde demais.

Segundo a Junta, os anúncios de leilões são colocados no ar em um site falso, geralmente às sextas-feiras, com prazos curtos para dar o lance. As mercadorias têm preços bastante atrativos, o que atrai os compradores de imediato, que nem percebem que caíram em um golpe. O dinheiro é depositado em uma conta bancária registrada em nome de um laranja e rapidamente transferido ou sacado na boca do caixa.

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“A pessoa vê um anúncio, por exemplo, de um relógio Rolex que custa R 15 mil sendo vendido por R$ 1,5 mil. Aí na pressa acaba depositando na conta do golpista”, explica o presidente da Jucepar, Ardisson Naim Akel. Além de relógios, os criminosos costumam anunciar drones, laptops, iPhones e outros artigos eletrônicos custando 1/3 ou 1/4 do valor de mercado dos produtos.

Em um dos golpes recentes, eles informaram que seriam mercadorias apreendidas por órgãos de fiscalização, como a Receita Federal. Os sites-isca são desativados no início da semana e a vítima fica sem ter a quem recorrer. De acordo com Akel, os golpistas utilizam inclusive logomarcas forjadas da Junta Comercial, da própria Receita e até dos Correios para tentar legitimar as ações.

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Além disso, utilizam a lista real de leiloeiros oficiais habilitados, que está disponível no próprio site da Jucepar, para incluir nomes falsos na tentativa e dar credibilidade à fraude. A Junta informa que prestou queixa à polícia e alertou a Receita Federal sobre as ocorrências.

Akel explica que os leilões oficiais são feitos para produtos licitados pelas varas judiciais e os leiloeiros são indicados pelos magistrados a partir da lista homologada pela Jucepar. “Esses leiloeiros passam por um exame criterioso e a Junta exerce um controle sobre eles”, observa.

Ele alerta ainda que em alguns casos, as fraudes remetem a itens apreendidos pela Receita Federal que estariam sendo leiloados via Junta Comercial. Isso não existe, segundo ele, pois a Receita utiliza de um sistema próprio para fazer seus leilões.

Alguns leiloeiros, no entanto, possuem sites próprios e os contatos desses profissionais, como telefone fixo ou celular, podem ser conferidos no site da Junta – onde também está a lista oficial dos leiloeiros. Por isso, é importante conferir se o nome do leiloeiro que está sendo anunciado consta na lista oficial. Para acessá-la, basta entra no site da instituição, clicar no item Serviços e procurar no menu Leiloeiros Oficiais.

Outra dica importante é verificar a origem do site. Os fraudadores normalmente utilizam páginas supostamente ligadas à Junta Comercial com extensões “.org”. No entanto, os sites da Junta Comercial têm extensão “.pr.gov.br”.

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