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Escola Municipal Elza Lerner, no bairro Cajuru, sem aulas por causa da greve dos servidores | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Escola Municipal Elza Lerner, no bairro Cajuru, sem aulas por causa da greve dos servidores| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O primeiro dia da nova greve dos servidores municipais de Curitiba contra o pacote de ajuste fiscal, que começa a ser votado pelos vereadores nesta terça-feira (13), fecha 100 das 185 escolas da rede municipal nesta segunda (12). A estimativa é do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), que já começa a se movimentar em frente ao prédio do Legislativo para tentar barrar a proposta, enviada no final de março pela prefeitura. A Câmara está isolada por grades de segurança.

Segundo o Sismmac, ainda não há um balando fechado de quantas escolas estão fechadas nem de quantos dos 10 mil professores ativos aderiram à paralisação.

O sindicato dos servidores municipais, o Sismuc, também não tem ainda um balanço de quantos profissionais cruzaram os braços desde as 7 horas desta segunda. A entidade representa, por exemplo, funcionários de Unidades de Pronto Atendimento, de Unidades Básicas de Saúde e de professores dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).

Guardas municipais também decidiram parar, mas até as 8h20 a reportagem não havia conseguido contato com o sindicato que os representa para saber o grau de adesão ao movimento.

A prefeitura de Curitiba disse que vai avaliar o impacto da greve ao longo da manhã desta segunda. Por volta das 10 horas, o balanço da Secretaria Municipal de Educação era de que 273 de 391 unidades da rede municipal de ensino funcionavam normalmente. Outras 32 seguiram com atendimento parcial e 86 estavam fechadas. Ao todo, a adesão à paralisação, conforme a pasta, era de 99 escolas e 19 CMEIs.

Já durante a tarde, o número de unidades afetadas subiu um pouco . Segundo a própria administração municipal, 140 unidades tiveram seu atendimento comprometido. Das 111 escolas municipais e 29 CMEIs, 72 não funcionaram na tarde desta segunda-feira e outras 68 tiveram adesão parcial à greve.

Escola Municipal Omar Sabbag também teve atendimento afetado pela greve dos servidoresAniele Nascimento/Gazeta do Povo

Adesão

No bairro Cajuru, pais de alunos da Escola Municipal Elza Lerner chegaram a ser avisados da greve desta segunda-feira, por meio de um cartaz e da festa junina organizada pela instituição. A adesão à paralisação na unidade foi geral.

Ainda no Cajuru, a Escola Municipal Osmar Sabbag também comunicou os pais sobre a mobilização, mas oito crianças foram à aula mesmo assim. Elas disseram não saber da greve e foram acolhidas. Cinco professores foram trabalhar na unidade.

Já no CMEI Vereadora Nely Almeida, no Rebouças, oito dos 22 professores compareceram à unidade nesta manhã. Os demais aderiram à greve. Como os pais foram avisados, muita crianças não foram enviadas. De 132 alunos atendidos diariamente, 30 estão no CMEI nesta segunda.

Por volta das 10h30, o CMEI Vila Torres, em frente ao Teatro Paiol, funcionava normalmente.

Nas unidades básicas de saúde (UBSs) e unidades de pronto atendimento (UPAs), não houve adesão à paralisação.

UPA do Cajuru funcionava normalmente na manhã desta segunda-feiraAniele Nascimento/Gazeta do Povo

Pacote

A Câmara aprovou, na semana passada, requerimentos de urgência para quatro projetos que formam o pacote de ajuste fiscal - chamado Pacotaço - enviado pela prefeitura aos vereadores. A medida permitiu que os projetos, que tramitavam há mais de dois meses no Legislativo, pudessem ser analisados em plenário a partir desta terça.

Os pedidos de urgência abrangem as mudanças no sistema previdenciário do município; a suspensão da data-base e dos planos de carreira dos servidores; o leilão de dívidas da prefeitura e a criação de uma lei de responsabilidade fiscal municipal, pontos que mais têm gerado oposição por parte dos servidores.

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