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| Foto: Arquivo pessoal/

A Justiça negou pela segunda vez o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa de Cristiana Brittes, ré no processo que apura a morte do jogador Daniel Côrrea de Freitas. A decisão foi da juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais. Cristiana, que é esposa de Edison Brittes, assassino confesso do jogador, responde por homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor.

No despacho, a juíza afirmou que a prisão preventiva de Cristiana tem como objetivo a garantia da ordem pública. Segundo a magistrada, a liberdade da acusada pode prejudicar a conveniência da instrução criminal.

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O advogado de defesa, Claudio Dalledone Junior, alega que Cristiana precisa cuidar da filha de 11 anos, que está com os avós maternos. Após o anúncio da decisão, a defesa informou que deve entrar com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). “Trata-se de uma decisão emitida pela mesma juíza que decretou a prisão. Agora a defesa vai buscar a liberdade via habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Paraná”, declarou Dalledone Júnior, em nota.

Este foi o segundo pedido negado pela Justiça. A defesa de Cristiana, presa desde o dia 31 de outubro, já havia pedido no dia 20 de novembro a concessão de prisão domiciliar alegando ainda que a ré poderia ficar em casa com tornozeleira eletrônica, sem risco à instrução processual, o que foi negado.

O caso

O corpo de Daniel Corrêa Freitas foi encontrado em um matagal em São José dos Pinhais no dia 27 de outubro com sinais de tortura: o pescoço estava quase degolado e o pênis decepado. Daniel veio a Curitiba participar da festa de aniversário de Allana Brittes, filha de Edison Brittes Jr, no dia 26 de outubro. Após participar da comemoração em uma casa noturna no bairro Batel, o jogador foi para outra festa na casa de Edison, dono de um mercado em São José dos Pinhais.

À polícia, o empresário admitiu ter matado o jogador após tê-lo flagrado tentando estuprar sua esposa - versão questionada pela polícia. O jogador chegou a enviar via Whatsapp a um amigo imagens dele ao lado da esposa de Edison na cama do casal, o que teria levado o empresário a cometer o assassinato. Nas fotos, Cristiana dorme enquanto o jogador faz caretas.

Daniel foi espancado na casa da família e levado para um matagal no porta-malas do carro de Edison. De acordo com o empresário, ele decidiu matar o atleta com uma faca que tinha no carro. Entretanto, Eduardo afirmou em seu depoimento nesta segunda-feira (12) que viu Edison pegar a faca na cozinha da residência.

Antes de ser preso, o empresário chegou a ligar para a família e para amigos de Daniel a fim de prestar solidariedade. Allana também trocou mensagens com uma parente de Daniel afirmando que não houve briga na casa da família e que o jogador foi embora sozinho na noite do assassinato.

Daniel teve passagem apagada pelo Coritiba em 2017, prejudicada por lesões. Natural da cidade de Juiz de Fora (MG), teve também passagens por Cruzeiro, Botafogo, São Paulo, Ponte Preta e estava atualmente no São Bento de Sorocaba (SP). O corpo do jogador foi enterrado no dia 31 de outubro na cidade de Conselheiro Lafaiete, também em Minas Gerais.”

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