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 | Divulgação/Prefeitura de Curitiba
| Foto: Divulgação/Prefeitura de Curitiba

Ladrões roubaram cerca de 85 grelhas de bocas de lobo em Curitiba produzidas em ferro fundido para, possivelmente, derreter e vender logo depois. Como cada peça possui peso estimado de 10 quilos, os criminosos teriam carregado quase uma tonelada para ganhar R$ 3,00 em cada tampa - o que corresponde a aproximadamente R$ 255.

A ação aconteceu no bairro Campo do Santana entre 16 e 23 de julho e foi identificada pelos fiscais da prefeitura de Curitiba. Segundo José Campos Hidalgo Neto, supervisor de Distrito de Manutenção Urbana do Tatuquara, foram roubadas quase 85 tampas com peso de 10 quilos cada uma. “Não sabemos ao certo o destino que essas peças terão, mas, se forem derretidas para venda em empresas de reciclagem, os ladrões fizeram tudo isso por R$ 0,30 o quilo”, lamentou.

Enquanto isso, o prejuízo aos cofres públicos superou o valor de R$ 36 mil entre materiais e mãos de obra, pois cada peça roubada foi adquirida pela prefeitura por R$ 230 e precisou ser substituída por outra tampa, gerando ainda novos custos de instalação.

“Nós trabalhávamos na região e identificamos que algumas grelhas haviam sido roubadas, situação que continuou ao longo de toda a semana”, informou o engenheiro.

As principais vias afetadas pela ação dos criminosos foram as ruas Alda Bassetti Bertoldi, Maria Luzardi Bertoldi, Joana Roncaglio, Belmira Bertoldi e a Estrada Delegado Bruno de Almeida. Nesses locais, os moradores ficaram à mercê de acidentes envolvendo crianças, animais e até veículos, que podem passar pelos buracos abertos sem a proteção das grelhas.

Além disso, Hidalgo explica que o sistema de escoamento da água no bairro também é afetado, pois grandes objetos podem entrar pelas aberturas e causar bloqueio na galeria pluvial. “Sem a grelha, esses materiais podem entrar, causar obstrução e gerar inundações, mesmo com o tempo seco, já que a água pode subir”, pontuou.

No entanto, ele afirma que as reposições já começaram e o material escolhido é diferente com o objetivo de evitar novos crimes. “Estamos colocando ralos de concreto porque ainda não tivemos casos de roubos envolvendo esse material. Esperamos que continue assim”.

Investigações

A Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) de Curitiba investiga o caso e informa que, assim como os responsáveis pelo furto, aqueles que adquirirem o material de procedência duvidosa também cometem crime. De acordo com o Código Penal, a receptação de produto roubado é passível de prisão por período entre dois e 8 anos, além de multa.

Ao todo, a Guarda Municipal registrou no primeiro semestre deste ano 987 ocorrências contra o patrimônio público municipal. As ações envolvem diversas situações como arrombamentos, furtos de placas em cemitérios, depredações, furtos de cabos de iluminação pública e outros.

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