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Segundo governo estadual, Museu Paranaense  cumpriu todas as exigências | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Segundo governo estadual, Museu Paranaense cumpriu todas as exigências| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O incêndio de grandes proporções que destruiu domingo (2) o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, colocou o país em alerta para o problema da má conservação dos museus. Em Curitiba, 11 museus estão com regularização pendente no Corpo de Bombeiros, e outros quatro estão fechados para reforma ou passando por processo de vistoria. Apenas três possuem a certificação em dia. Dentre os não-certificados, alguns sugerem estar em situação especialmente crítica, já que nem chegaram a fazer a solicitação da vistoria.

Confira a situação dos museus de Curitiba

Segundo a corporação, entre os problemas mais comuns nas instituições em processo de regularização encontram-se a falta de um plano atualizado de segurança contra incêndio, o que inclui desde a sinalização de saídas de emergência até a localização de extintores e hidrantes. “ Não quer dizer que o local esteja inseguro, mas que precisa corrigir alguns detalhes para estar 100% de acordo com as exigências”, informa o major Leonardo Mendes, do Corpo de Bombeiros.

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Mesmo assim, de acordo com o major, os que passaram pela vistoria já estão um passo à frente de outras instituições que nem sequer solicitaram a regularização. “Nossa preocupação maior é com alguns museus que não nos procuraram porque não sabemos como são as condições deles”, explica. A corporação não passou o número de museus regularizados e nem a lista completa de pendências.

Segundo Renato Carneiro, responsável pela Coordenação do Sistema Estadual de Museus (Cosem) da Secretaria da Cultura do Estado do Paraná (Seec), as instituições de responsabilidade do estado fazem o possível para realizar manutenções frequentes nos prédios e conservar seus acervos — mas nem sempre têm um retorno do Corpo de Bombeiros. “No caso do Museu Paranaense, por exemplo, nós cumprimos todas as exigências, mas os bombeiros nunca voltaram para ver. Já o Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC) e o Museu Alfredo Andersen (MAA) estão em processo de restauro e serão postos em conformidade com as normas técnicas”, adiantou.

O Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC) está em processo de restauro e deve se adequar às exigências dos bombeiros durante a obraAniele Nascimento/Gazeta do Povo

Complicadores

No entanto, Carneiro confirma que nem sempre há verba suficiente para a manutenção frequente dos museus. “Os recursos destinados à cultura são muito inferiores àqueles destinados aos outros setores e a manutenção diária acaba não se dando como deveria ser”, destaca.

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Ele explica ainda que alguns prédios dos museus do estado são tombados como patrimônio histórico, o que dificulta ainda mais as ações preventivas. “Esses prédios têm uma série de normas que precisam ser seguidas em qualquer serviço de manutenção. Isso torna o trabalho mais caro e os recursos nunca são condizentes com essa necessidade porque o Estado não tem esses valores”, explica.

Mesmo assim, o responsável pela Cosem informa que as instituições têm recebido melhorias e que vários museus de Curitiba passaram por reformas recentes com manutenção da rede elétrica e, principalmente, correção de infiltrações que geravam mofo e colocavam em risco seus acervos. Segundo a Seec, entre os meses de janeiro e agosto de 2018, foram investidos R$ 7,7 milhões nos museus de responsabilidade da secretaria — o Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR), Museu Alfredo Andersen (MAA), Museu de Arte Contemporânea (MAC), Museu Oscar Niemeyer (MON) e Museu Paranaense. A instituição ainda dá apoio ao Museu do Expedicionário, administrado pela Legião Paranaense do Expedicionário.

Veja a situação dos museus de Curitiba e região:

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