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| Foto: Reprodução/Tribuna do Paraná

Os funcionários de uma lavanderia no bairro Vista Alegre, em Curitiba, tiveram uma visita inesperada na manhã desta quinta-feira (18). Uma capivara apareceu dentro do estabelecimento e gerou muita dor de cabeça, já que ninguém sabia o que fazer com o animal — nem mesmo a prefeitura e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

A gerente da lavanderia, Pierina Duarte, conta que tentou ligar para vários serviços para saber quem era o responsável por fazer o resgate do roedor, mas nenhum dos órgãos se prontificou em fazer a retirada. A primeira ligação foi feita para a Central 156, da prefeitura de Curitiba, mas sem sucesso. Segundo a gerente, a recomendação recebida foi para que procurasse a Força Verde do Batalhão da Polícia Ambiental para que ela resolvesse o problema.

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“Aí liguei na Força Verde, mas eles falaram que não têm o poder para fazer esse resgate, que não têm aparelhagem, nem nada, e que era para entrar em contato com o Grupo de Proteção Animal”. Pierina disse que tentou lá, mas não encontrou ninguém.

Em seguida, ela tentou ajuda com o IAP, mas não conseguiu retirar a capivara de sua loja. “Falei com o setor de fauna, mas eles disseram que não era a responsabilidade deles e me encaminharam de volta para a prefeitura. Aí fiquei irritada e chamei a imprensa”, desabafou. Segundo ela, 20 minutos depois de informar à prefeitura que a imprensa estava ali, uma equipe chegou.

“É triste ver que eles não têm a mínima condição de trabalhar. Vieram numa Kombi, dispararam dois dardos tranquilizantes nela e depois carregaram-na num cobertor até o banco da Kombi. Eles foram atenciosos e tomaram cuidado, mas era nítido que eles foram no improviso”, lamentou Pierina.

A capivara foi levada sedada para o Zoológico de Curitiba até se recuperar da dopagem. De acordo com os veterinários que atenderam a ocorrência, ela deve ficar por lá.

Explicações

Por meio de nota, o IAP transferiu a responsabilidade do resgate para a prefeitura. “O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) informa que a responsabilidade de resgate do animal cabe ao município, principalmente por se tratar que o animal nativo saiu de um parque municipal”. A suspeita é que a capivara tenha saído do Parque Barigui.

Por intermédio da sua assessoria de imprensa, a prefeitura disse que, na verdade, por se tratar de um animal silvestre, a responsabilidade seria mesmo do IAP, mas que realiza trabalhos em conjunto com o instituto estadual sempre que necessário — como foi o caso desta quinta.

Sobre as dificuldades enfrentadas pela gerente da lavanderia em encontrar alguém para resgatar a capivara, a prefeitura explicou que, ao ligar para o 156, o morador cai numa central de atendimento, não na própria Secretaria de Meio Ambiente, e nem sempre o chamado encontra seu destino ideal. Dessa forma, a demanda pode demorar a chegar ao local certo pela própria burocracia do sistema. Assim, quando foi comunicada do ocorrido via IAP, a secretaria enviou uma equipe para o local.

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