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Em Antonina, o número de doses aplicadas por dia aumentou 45 vezes | Reprodução/Prefeitura de Antonina
Em Antonina, o número de doses aplicadas por dia aumentou 45 vezes| Foto: Reprodução/Prefeitura de Antonina

Mesmo antes da confirmação do primeiro caso de febre amarela em humanos no Paraná ser divulgada, o que aconteceu nesta terça-feira (29), a população do Litoral já estava em alerta para buscar a vacina contra a doença. Mais precisamente, desde que confirmou-se que os macacos encontrados mortos no Litoral do Paraná estavam com o vírus da febre amarela , teve início uma corrida para os postos de saúde em busca da vacina contra a doença em plena temporada. Somente em Antonina, onde os animais foram localizados, o número de doses aplicadas aumentou em 45 vezes de uma semana para a outra.

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De acordo com o secretário de Saúde do município, Odileno Garcia Toledo, somente na segunda-feira (28), foram aplicadas 900 vacinas na cidade. Antes do alerta da doença, cerca de 20 pessoas eram imunizadas por dia. “Tivemos uma procura muito alta já no fim da semana passada seguinte à confirmação da doença. No sábado, por exemplo, foram 1.657 doses aplicadas”, conta. “Isso é bastante considerando que temos 19 mil habitantes”.

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No fim de semana, um dia após a confirmação da doença pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a cidade fez um mutirão de vacinação — e, ainda assim, as filas nos postos de saúde são grandes. “Mesmo com o aumento de pessoal para o mutirão, continua tendo fila”, explica Toledo. “Não tem um horário que seja melhor”.

Além disso, a Sesa enviou para o município 30 profissionais para ajudarem na imunização, principalmente na área rural, onde o risco de contato com a doença é maior. “Eles têm probabilidade maior de ter contato com o mosquito, por isso o cuidado com eles. Na área rural já temos quatro UBS (Unidades Básicas de Saúde), que cobrem bem a região, mas nos locais mais longe estamos indo com enfermeiros e aplicando na hora na população”, afirma o secretário.

Outras cidades em alerta

Mas não foi apenas a população de Antonina que correu para os postos em busca de proteção. Em Paranaguá, somente na última semana, foram aplicadas 1.844 doses da vacina — sendo 228 delas somente entre sábado e domingo. Na Ilha do Mel, 325 pessoas foram vacinadas.

De acordo com a Secretaria de Saúde da cidade, as UBS também estão bem movimentadas e a prefeitura chegou a pedir ao governo estadual mais doses para dar conta da demanda. Além disso, equipes estão fazendo buscas ativas dos pacientes, identificando quem ainda não foi vacinado e indo até eles para garantir a imunização.

A situação é de maior cuidado justamente na Ilha do Mel, já que o posto de saúde na região de Encantadas ainda está em construção e houve relatos de que uma geladeira usada para o armazenamento das vacinas estava com defeito. Contudo, a Secretaria de Saúde de Paranaguá — responsável pela administração da ilha — disse que já estava ciente do problema no equipamento e que, por isso, ela não armazenava nenhuma vacina.

Em Guaratuba e Pontal do Paraná, as prefeituras destacaram que não houve um aumento significativo no número de pessoas buscando a vacina. Ainda assim, elas já organizaram ações para garantir a imunização da população.

“Estamos montando uma estratégia para aumentar ainda mais a vacinação”, revela a diretora de atenção básica da Secretaria de Saúde de Pontal, Maria Cirlene Gasperin. “Vamos montar, a partir desta semana, uma tenda na praia de Ipanema exclusiva para aplicar a vacina da febre amarela”. Além disso, a cidade ainda ampliou o horário de atendimento das UBS, que vão ficar abertas até as 22h.

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