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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Depois do imbróglio entre moradores do entorno da Superintendência da Polícia Federal e manifestantes pró-Lula, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, uma audiência de conciliação foi realizada nesta segunda-feira (16). Na reunião, que ocorreu no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), foi debatida a permanência ou não dos militantes na vigília na Rua Guilherme Matter e – ao que tudo indica – pouca coisa deve mudar.

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Assinado por volta das 17h, o acordo definiu algumas alterações nos horários da agenda da militância que passa a valer nesta terça-feira (17), como a realização de atos apenas entre as 9h e 21h30, diariamente. Outras manifestações como o “Bom Dia” e o “Boa Noite” – dedicadas ao ex-presidente de segunda a sexta-feira – também sofreram alterações. Esta última, por exemplo, só poderá ser feita das 17h às 17h30 e, nas segundas e quintas, das 17h às 19h.

Participaram da audiência representantes da prefeitura, do Ministério Público do Paraná, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), da Associação de Moradores do Santa Cândida, dos movimentos contra a corrupção de Curitiba, porta-vozes da CUT, em conjunto com o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), entre outros órgãos.

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Para poderem manter as manifestações favoráveis a Lula, os militantes alugaram um terreno a Rua Professor Sandália Monzon, bem em frente à sede da PF. A ideia, segundo a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Paraná, Regina Cruz , que participou da audiência, é utilizar o local como ponto específico para os atos. “Estamos no nosso direito de ir, vir, manifestar e cumpriremos com o que foi estabelecido no acordo”, afirmou. Sobre a manutenção das barracas na vigília, a porta-voz do movimento, Neudicleia de Oliveira, afirmou que a questão será definida em reunião entre organizadores, ainda na noite dessa segunda-feira.

Mesmo com as mudanças, parte dos moradores do bairro continua bastante insatisfeita e preocupada com a presença dos apoiadores do ex-presidente no entorno da PF. “Eles tiraram algumas tendas e disseram que vão começar a respeitar a liminar, que não ficariam mais em frente às nossas casas, mas hoje já estava todo mundo de volta”, contou uma moradora da Rua Guilherme Matter.

Para ela, os movimentos não vão sair dos pontos já ocupados. “Não vão sair, estão inclusive reformando uma das casas que foram alugadas, na Guilherme Matter. Pelo menos agora, alugando um terreno bem próximo à PF, eles vão dar bom dia, boa tarde e boa noite para o presidiário ainda mais de perto”, criticou.

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