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Samuel Lago foi uma referência em educação.
Samuel Lago foi uma referência em educação.| Foto: Divulgação/Positivo Educacional

Da pequena Lins, no interior de São Paulo, com seus 76 mil habitantes, Samuel Ramos Lago não podia imaginar que um dia fundaria um dos grupos educacionais mais importantes do país. Nasceu em maio de 1941, em uma família simples, filho do presbiteriano Ismael Pereira Lago e de Antonieta Ramos Lago. O destino o trouxe a Curitiba aos 17 anos, onde cursou o ensino superior em Biologia. Samuel faleceu aos 79 anos no último dia 13 de junho.

O início da carreira profissional foi em sala de aula, onde logo recebeu o apelido de “Samuca”. Foi professor do Colégio Estadual do Paraná e de outras escolas públicas. Sua principal característica era a criatividade para inovar dentro da sala de aula. Usava histórias em quadrinhos no lugar dos livros didáticos tradicionais. Segundo ele costumava dizer, fez uma “lipoaspiração” nos materiais tradicionais, em busca de desenvolver uma maneira mais agradável de aprender.

Em 1972, se juntou a outros professores para criar um curso pré-vestibular. Ele penhorou a própria casa para comprar as primeiras 300 carteiras do Curso Positivo. Também foi dele a ideia da “mãozinha” que é o símbolo da marca até hoje. Desenvolver uma apostila com todo o conteúdo a ser seguido pelos alunos também foi invenção sua.

Em 2007, o professor se afastou da sociedade do Grupo Positivo, passando parte da administração dos negócios para os filhos. Por muitos anos suas obras foram carro-chefe da Editora IBEP – Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas. São dezenas de livros de sua autoria, além de parte do material didático do Sistema Positivo espalhados pelo Brasil inteiro. Assim, Samuel se consolidou no mercado de materiais didáticos, tendo vendido mais de 40 milhões de exemplares.

Pensador criativo com imaginação extraordinária para levar o aluno a aprender, contestava que o erro não era do aluno que não sabia e, sim, do professor ao ensinar. “Se o aluno não aprende é porque o professor não soube ensinar”, argumentava. Criou sua própria editora e várias obras de sua autoria ou coordenação editorial foram vencedoras do Programa Nacional do Livro Didático, se espalhando nas escolas públicas brasileiras. Chegou a dar aulas na Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

Samuel Ramos Lago deixa a esposa Laura Lago e os filhos Samuel Ferrari Lago, Paulo Ferrari Lago e Thais Lago.

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