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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Quase dois meses se passaram desde a conclusão das obras de revitalização do asfalto na principal via do bairro Jardim Botânico, em Curitiba, mas a Avenida Prefeito Omar Sabbag e seu prolongamento – a Avenida Prefeito Lothário Meissner - continuam sem nenhuma faixa de sinalização pintada. A revitalização do asfalto começou dia 13 de julho e foi concluída dia 28 de agosto e – um mês depois – ainda não foi feita a pintura do asfalto.

O problema atinge os dois sentidos do longo trecho de pouco mais de 1 km entre o Viaduto do Capanema e o viaduto sobre a Linha Verde, onde faltam faixas nas pistas de passagem de veículos, marcações de estacionamento, sinalização de carga e descarga e até faixas de pedestres.

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Sem sinalização, motoristas têm dificuldade para trafegar, o risco de acidentes aumenta e pedestres que precisam atravessar a via se colocam em risco. “É uma obra que foi entregue aos poucos e que já deveria estar pintada há muito tempo. Alguns trechos já estão sem sinalização há meses e isso é inaceitável”, reclama o comerciante Luiz Cecchin, de 60 anos, proprietário de um bar na via, ao citar os primeiros metros da Osmar Sabbag, onde as obras começaram dia 18 de julho e terminaram em menos de uma semana.

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Segundo Cecchin, se a prefeitura tivesse sinalizado os trechos à medida que concluía as etapas da obra, ou seja, antes de iniciar a revitalização na continuação da avenida, vários acidentes teriam sido evitados. “Eles seguiram com o trabalho e deixaram o que estava pronto sem sinalização. Agora, os carros e as motos não têm espaço certo para passar e um acaba fechando o outro, causando pequenas colisões toda semana”, enfatiza.

Sem faixas de pedestres, transeuntes se arriscam ao cruzar a Avenida Omar SabbagAniele Nascimento/Gazeta do Povo

Os acidentes registrados perto do cruzamento com a Rua Engenheiro Rebouças, de acordo com ele, não tiveram feridos, mas complicam ainda mais o trânsito. “Sem contar as buzinadas e discussões, que têm sido frequentes aqui devido à falta das faixas”, completa.

Outro problema, de acordo com o morador Wagner Alves Batista, 66 anos, é em relação aos espaços para estacionamento nas laterais da via. “Como não tem nada marcado no chão, um carro para e o outro de trás não percebe”, afirma. Com essa situação, os condutores apertam a buzina, sem dó. “O motorista que segue acaba tendo que esperar muito para conseguir entrar na pista ao lado, e isso estressa mesmo”, pontua.

A prefeitura, via Superintendência Municipal de Trânsito (Setran), garante que o início da pintura das faixas na Omar Sabbag e Lothário Meisser será neste fim de semana, dependendo das condições climáticas. A Setran também informa que vai fazer uma vistoria no botão de travessia em frente ao Colégio Hildebrando de Araújo, mas alega que qualquer situação de vandalismo deve ser comunicada à prefeitura via Central 156. ” É por meio dessa comunicação oficial que os reparos podem ser feitos de forma mais ágil”, aponta nota.

Estudantes em risco

O semáforo em frente ao Colégio Estadual Hildebrando de Araújo está sem pintura das faixas de segurança e com o botão para pedestres danificado Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Cerca de 900 alunos que estudam no Colégio Estadual Hildebrando de Araújo, na Rua Ommar Sabbag, também têm sido afetados pela falta de sinalização horizontal na via. De acordo com coordenador do colégio, o professor Adão Pereira Leite, isso acontece porque o semáforo em frente ao portão para facilitar a travessia dos estudantes está sem a faixa de segurança. “Já faz mais de um mês que está assim e a curva próxima ao portão é muito perigosa. Temos orientado os alunos a usar o botão do semáforo para pedestres”, disse.

No entanto, um desses botões foi alvo de vândalos nos últimos dias, dificultando ainda mais a travessia. “O equipamento ainda funciona, mas está arrebentado e alguém poderia levar um choque”, pontuou o professor, que solicita a pintura da sinalização e o reparo o quanto antes. “Não dá para esperar que um acidente aconteça”, alertou.

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