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Após reunião com a Urbs, taxistas decidiram levantar acampamento na frente da prefeitura.
Após reunião com a Urbs, taxistas decidiram levantar acampamento na frente da prefeitura.| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Após carreata que atrapalhou o trânsito no Centro e outros bairros de manhã, um grupo de taxistas decidiu acampar em frente à prefeitura de Curitiba no começo da tarde desta terça-feira (20). Os taxistas prometiam ficar em frente à sede da administração municipal no bairro Centro Cívico até o prefeito Rafael Greca (DEM) dar uma resposta se vai aumentar a fiscalização sobre os motoristas de aplicativos de corridas como Uber, 99 e Cabify. A exigência dos taxistas é de que todos os motoristas de aplicativos sejam cadastrados e fiscalizados pela Urbs - empresa municipal que gerencia o transporte coletivo. Greca assinou o novo decreto ainda na terça.

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Um grupo de dez líderes do protesto foi recebido no fim da manhã pelo presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto. Entretanto, os manifestantes não concordaram com a resposta dada naquele momento, segundo a qual os taxistas teriam de aguardar até o dia 30 de agosto para ter uma resposta definitiva do tema - o que acabou ocorrendo no mesmo dia da mobilização da categoria. O prefeito não participou da reunião desta terça.

Grupo de taxistas que acampou em frente à prefeitura em Curitiba
Grupo de taxistas que acampou em frente à prefeitura em Curitiba| Maicon J. Gomes / Gazeta do Povo

Acampamento

Apesar da decisão de o grupo que foi de acampar em frente à prefeitura, o presidente do Sindicato dos Taxistas do Paraná (Sinditaxi), João Pedro da Silva, já acreditava que a situação possa ser resolvida antes. "Estamos confiantes de que a prefeitura vai cumprir com a palavra e que dia 30 o decreto estará assinado", aponta.

A carreata partiu 9h do bairro Jardim Botânico até a sede da prefeitura. No caminho, a manifestação causou transtornos no trânsito e levou ao fechamento total da Avenida Visconde de Guarapuava, na altura da Câmara Municipal, no Centro, por cerca de vinte minutos.

Após passarem pela sede da Urbs na rodoviária e pela Câmara, às 11h os manifestantes já estavam em frente à prefeitura. Por causa da aglomeração, a Avenida Cândido de Abreu chegou a ser bloqueada entre a rotatória da Assembleia Legislativa e a Rua Ernani Santiago de Oliveira. Com a interdição, a estação-tubo do ligerinho Inter 2 sentido Campina do Siqueira está desativada.

  • Taxistas durante ato em frente à Urbs, na Rodoferroviária. Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
  • Bloqueio total na Avenida Visconde de Guarapuava por causa do ato. Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
  • Ato em frente à Câmara Municipal. Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
  • Taxistas em frente ao prédio da prefeitura, ponto final dos protestos. Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

O protesto cobra da administração municipal fiscalização no transporte compartilhado por aplicativos, como Uber, Cabify e 99 Pop, em cumprimento à Lei nº 13.640 que regulamentou o serviço em todo o país no ano passado. A norma prevê, entre outros pontos, obrigatoriedade da versão da Carteira Nacional de Habilitação na categoria B ou superior, que informe que exerce atividade remunerada, manter em dia o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo e apresentar certidão negativa de antecedentes criminais. "A gente está cobrando o prefeito dentro da legalidade, não estamos pedindo nada que seja proibitivo ou restritivo", aponta o taxista Marcos Carneiro, que integra o protesto.

Curitiba também tem regras próprias para a operação de carros compartilhados, feita antes da regulamentação federal. As normas foram alteradas em novembro de 2018 e passaram a permitir, por exemplo, que os veículos tenham placa de outros municípios e que possuam até sete anos de fabricação.

Em nota, a Urbs afirma que estuda novas alterações no serviço dos aplicativos, "com vistas ao aprimoramento contínuo da regulação e fiscalização do setor". Não foram detalhadas quais alterações estão em debate.

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