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Sem combustível para vender, frentistas aproveitam para fazer a limpeza no posto ao lado da rodoviária. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Sem combustível para vender, frentistas aproveitam para fazer a limpeza no posto ao lado da rodoviária.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Se nos últimos dias a rotina foi de muita fila nos postos de combustíveis de Curitiba, nesta sexta-feira (25), quinto dia da paralisação nacional dos caminhoneiros, a realidade é exatamente o contrário em muitos estabelecimentos. De acordo com o sindicato que representa os postos, o Sindicombustíveis, é mínimo o número de estabelecimentos com combustível na capital e os estoques não devem durar muito. Sem combustível para vender, muitos postos estão sem o preço dos produtos nas placas e com frentistas de braços cruzados sem trabalho. O trabalho só não para porque as lojas de conveniência dos postos seguem com movimento.

No posto da esquina da Conselheiro Laurindo com Engenheiro Rebouças, no Centro, não tem gasolina e álcool desde quarta-feira (23). O movimento se mantém porque ainda há gás GNV para vender. “Estamos sem vender por dia uma média de 5 mil litros de gasolina e 3 mil de álcool. Mas ainda temos o gás e nossa loja de conveniência bomba. Por isso não tem o risco de fechar. Mas para quem só tem gasolina e álcool fica difícil”, diz Carlos Silva, funcionário do posto.

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No posto ao lado da rodoviária de Curitiba, também no Centro, o combustível acabou quinta-feira (24) às 14h. Sem combustível para vender, os frentistas aproveitam a sexta-feira para trabalhar na limpeza do posto.”Agora é só limpeza. Mas se continuar assim a gente vai pintar e fazer outras coisas”, brinca o frentista José Atanásio Filho sobre o fato de não terem veículos para atender.

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Atanásio também explica que o posto só não fecha por causa da loja de conveniência. E, por enquanto, os funcionários conseguem chegar ao trabalho porque ainda há ônibus - na madrugada de quinta-feira, a pedido da prefeitura, caminhões-tanque foram escoltados pela polícia até as garagens para não parar o transporte público.

Placa sem os preços dos combustíveis no Centro de Curitiba.Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

De acordo com outro funcionário do posto, Nivaldo dos Santos, o estabelecimento deixa de vender cerca de 30 mil litros de gasolina por dia. “Quinta-feira, antes de acabar o combustível, vendemos quase 100 mil litros em um dia só. Foram dois mil de gasolina aditivada em 2 horas. E foi a primeira vez que vi vender tanto álcool de uma vez em dez anos trabalhando em posto”, afirma.

Filas

Já os postos que têm combustíveis seguem com filas grandes. Na manhã desta sexta, a reportagem flagrou dois postos bem movimentados: um no Jardim Botânico e outro no Cristo Rei.

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