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Obras da Linha Verde na região norte de Curitiba
Obras da Linha Verde na região norte de Curitiba| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

Um grupo de 200 trabalhadores que atuam em duas obras da Linha Verde (BR-116) cruzou os braços na manhã desta quinta-feira (25) devido à falta de pagamento do vale-alimentação que deveria ter sido efetuado na segunda-feira (22), pela Construtora Triunfo. Sobre o caso, a prefeitura de Curitiba informou que está em dia com a empresa e espera que o problema seja solucionado com urgência, para que a obra retorne normalmente. Já a construtora preferiu não se pronunciar sobre a questão.

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De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Paraná (Sintrapav-PR), a paralisação no trabalho ocorreu em dois pontos da Linha Verde – no trevo do Atuba e próximo ao hospital Vitta, no Bairro Alto. O vale-alimentação para cada trabalhador é de R$ 415 e este atraso já preocupa quanto aos outros pagamentos que a Triunfo precisa realizar nos próximos dias, como a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e hora extra.

“O pessoal já tinha dado um voto de confiança, até entendendo o atual momento do país com a pandemia e tudo mais. O PLR deveria ter sido pago no começo de fevereiro e foi dado um prazo até o dia 5 de março. Mas aí o vale não foi pago e causou esta revolta. Estamos falando de comida e o que faz falta para a família. O trabalhador vende o almoço para pagar a janta, como a gente diz”, disse o presidente do Sintrapav, Raimundo Ribeiro Santos Filho.

Questionado se o movimento poderia interferir em outros pontos da Linha Verde, Santos Filho adiantou que isto pode se estender até para outras regiões do Paraná. “O negócio vai ampliar, tem a trincheira do Seminário, duplicação do trecho Irati a São Mateus do Sul e a mesma empresa tem obra em Cornélio Procópio. Se não resolver isso, segunda-feira (1) serão mais de 1000 trabalhadores parados”, completou ele.

Empresa

Em nota, a prefeitura de Curitiba informou que está em dia com o pagamento das obras e, por meio da equipe de fiscalização da Secretaria Municipal de Obras Públicas, está cobrando providências urgentes da empresa para que o problema seja solucionado. A reportagem da Tribuna do Paraná também procurou a Construtora Triunfo e recebeu a resposta de que a empresa não vai se pronunciar sobre a questão.

“A empresa nos passou que está esperando receber recursos e, como ela está em recuperação judicial, ela não pode atrasar. Estamos querendo ser respeitados e estamos lutando por nossos direitos”, comentou o presidente do Sintrapav.

Obra

Obra mais demorada da prefeitura de Curitiba, a Linha Verde completa 14 anos de construção neste ano de 2021. A via rápida na antiga BR-476, que liga as regiões Norte e Sul da capital, passou pela gestão de quatro prefeitos: Beto Richa (PSDB), Luciano Ducci (PSB), Gustavo Fruet (PDT) e o próprio Rafael Greca (DEM).

Em 2017, a prefeitura recuperou recursos da Caixa Econômica Federal e da Agência Francesa de Desenvolvimento para conclusão da Linha Verde. Porém, em agosto de 2019, o trabalho foi interrompido porque a administração municipal rompeu contrato com a empreiteira responsável pela última etapa da obra, entre os bairros Tarumã e Atuba. Quatro meses depois, em dezembro de 2019, as máquinas voltaram ao serviço com a contratação de um consórcio de empreiteiras.

Na campanha eleitoral de 2020, o prefeito disse à Tribuna do Paraná que mantém em seu plano de governo a proposta de concluir a Linha Verde. “De acordo com os prazos contratuais e conforme já foi amplamente divulgado, a previsão é de que as obras sejam concluídas em 2021, parte até a metade do ano e parte até o fim do ano”, prometeu Greca.

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