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Rua Chile, no bairro Prado Velho: região foi uma das mais afetadas pelo temporal desta quinta-feira em Curitiba | Atila Alberti/Tribuna do Parana
Rua Chile, no bairro Prado Velho: região foi uma das mais afetadas pelo temporal desta quinta-feira em Curitiba| Foto: Atila Alberti/Tribuna do Parana

Os estragos dantescos e o caos que se espalhou pela cidade na tarde desta quinta-feira (21) já levantavam a suspeita de que nunca havia chovido tanto em tão pouco tempo em Curitiba. E assim foi. A confirmação veio do Simepar, órgão oficial de meteorologia do Paraná. Conforme o instituto, o acumulado de chuva na capital ao longo desta quinta chegou a 119,4 mm — o segundo maior registro histórico para um único dia desde o início das atividades da estação, em 1997. E não foi só isso: os dados apontam ainda que somente entre 16h e 17h, a concentração de chuva foi de 69,6 mm, o maior volume para apenas 1 hora em todo o histórico.

As consequências vieram de imediato. Enquanto a tempestade se alastrava, a cidade sucumbia à confusão. Foram dezenas de ruas alagadas e bloqueadas, queda de árvores, enchentes em residências, aulas suspensas em universidades.

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No Centro, um dos mais importantes cruzamentos da região – na Desembargador Westphalen com a Avenida Visconde de Guarapuava – foi interditado por causa de uma cratera que se abriu no local. No Prado Velho, uma situação ainda mais desesperadora. Alunos do curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) prestes a colarem grau ficaram à deriva porque o teatro Tuca, dentro da universidade e onde seria a cerimônia, ficou debaixo d´água. Aliás, vários outros setores da PUC também alagaram, como o estacionamento e o andar térreo de vários blocos. Carros estacionados na região ficaram parcialmente submersos porque o Rio Belém, que passa por trás da universidade, não suportou escoar tanta água.

Por causa disso, a universidade suspendeu as aulas na noite desta quinta-feira e também na manhã de sexta.

Nesta sexta-feira, a capital ainda sente o reflexo de um dia que vai ficar para a história. Segundo a prefeitura, dois dos 13 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) da cidade que foram alagados continuam sem atividades. São o Vila Macedo, no Cajuru, e o Meia Lua, no Boqueirão. A quantidade de água que entrou nos imóveis foi tanta que não foi possível limpar a tempo para receber os alunos.

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Além disso, duas casas de passagem da Fundação de Ação Social (FAS) que atendem pessoas em situação de rua durante à noite foram alagadas e continuam em processo de limpeza nesta manhã. As unidades Jardim Botânico e Plinio Tourinho, que juntas têm 170 vagas, foram esvaziadas após o temporal e seus ocupantes foram encaminhados para outras cinco unidades da rede socioassistencial do município. Com isso, foi preciso abrir 70 vagas emergenciais para atender a todos.

Estragos

Durante as chuvas, foram registradas 34 ocorrências em diversos locais, e 200 pessoas foram afetadas. Houve um deslizamento no cruzamento das ruas Alferes Poli e Plácido e Silva, que será vistoriado pela Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) na manhã desta sexta.

Também foram notificadas 31 ocorrências de quedas ou risco de quedas de árvores, queda de muro em dois locais, nos bairros Cajuru e Uberaba, queda de um telhado no Cajuru.

De acordo com a prefeitura, a área mais afetada da cidade durante a chuvarada desta quinta foi a centro-sul. Os bairros Alto da XV, Cristo Rei, Água Verde, Centro, Prado Velho, Parolin e Cajuru foram alguns dos que tiveram ruas embaixo d’água.

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