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Grevistas em frente à sede administrativa dos Correios na Rua João Negrão, no Centro de Curitiba. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Grevistas em frente à sede administrativa dos Correios na Rua João Negrão, no Centro de Curitiba.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Seguindo o movimento nacional, funcionários dos Correios do Paraná entram em greve nesta segunda-feira (12). A previsão do Sindicato dos trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR) é de que 70% do efetivo paralise em todo o estado. A greve deve afetar boa parte dos serviços das agências, mas será dada prioridade às entregas de Sedex e Sedex 10.

De acordo com o Sintcom, em Curitiba alguns trabalhadores já interromperam o trabalho durante a madrugada de segunda. Mais efeitos, porém, devem ser sentidos a partir de 9h, horário de entrada da maior parte dos funcionários. Ainda não há nenhuma determinação para que um percentual mínimo continue as atividades.

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Os trabalhadores decidiram cruzar os braços em principalmente em função de mudanças no plano de saúde dos funcionários. Conforme a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), o plano deixou de abranger pais, cônjuges, filhos e passou a ser cobrada uma mensalidade pelo benefício. A empresa, enquanto isso, afirma não conseguir sustentar financeiramente o plano.

Diversas tentativas de acordo entre a empresa e os funcionários foram feitas, mas até então não houve consenso. A questão será julgada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) àh 13h30 desta segunda-feira. Com o resultado favorável para os trabalhadores, de acordo com o Sintcom, a greve pode ser interrompida.

Confira a nota dos Correios:

“A greve é um direito do trabalhador. No entanto, um movimento dessa natureza, neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios e afeta não apenas a empresa, mas também os próprios empregados. Esclarecemos à sociedade que o plano de saúde, principal pauta da paralisação anunciada para esta segunda-feira (12) pelos trabalhadores, foi discutido exaustivamente com as representações dos trabalhadores, tanto no âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho e que, após diversas tentativas sem sucesso, a forma de custeio do plano de saúde dos Correios segue, agora, para julgamento pelo TST. A empresa aguarda uma decisão conclusiva por parte daquele tribunal para tomar as medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com esses custos”.

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