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A chanceler alemã, Ângela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, foram os principais porta-vozes do encontro desse fim de semana. Para eles, mesmo sem pacote final, foram feitos progressos | Reuters
A chanceler alemã, Ângela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, foram os principais porta-vozes do encontro desse fim de semana. Para eles, mesmo sem pacote final, foram feitos progressos| Foto: Reuters

O pacote

Confira os pontos-chave para o encontro desta quarta-feira

Bancos - aqueles que não conseguirem levantar dinheiro poderão recorrer aos governos, que poderão contar com o Fundo de Estabilização Financeira da UE.

UE - o Fundo terá mais dinheiro (além dos 440 bilhões de euros atuais) para ajudar os países. Não se sabe, porém, quanto nem como o fundo será usado.

Credores - terão reduzir o que tem a receber dos países endividados (de 40% a 60%).

Endividados - além da Grécia, cuja dívida está em 162% do PIB, outros países preocupam a UE: Itália (dívida de 120% do PIB); Irlanda (96%); Portugal (93%); Espanha (60%).

Fonte: Folhapress

No futuro

Merkel sugere sanções contra endividados

Rio de Janeiro - A chanceler alemã, Ângela Merkel, exigiu ontem que sejam feitas sanções mais severas e denúncia ao Tribunal de Justiça da União Europeia dos países da zona do euro que perderem o controle das contas públicas e se endividarem muito, segundo matéria publicada na Agência Brasil. "Falta competência à Bruxelas nesse sentido de controle", avaliou a chanceler, durante evento da juventude da União Democrata-Cristã (CDU), que preside na cidade de Braunschweig, norte da Alemanha.

Merkel disse que o país que viola durante anos o Pacto de Estabilidade e Crescimento deve ser acusado perante o Tribunal da EU. "Precisamos de mais Europa e mais capacidade de ação nesse campo, caso contrário, não se atingirá um equilíbrio no nível de competitividade dos países comunitários", disse a chanceler, na véspera da reunião de chefes de estado e de governo da EU.

Ângela Merkel fez ainda um último apelo, no encontro da CDU, para que os Estados membros da União Europeia deixem de viver de crédito, dizendo que "é preciso parar de se viver acima das possibilidades de cada um." (Ag. O Globo)

A solução final, o pacote envolvendo a recapitalização dos bancos europeus, a reestruturação do fundo de ajuda ao bloco e a revisão das dívidas da Grécia, só virá na quarta-feira, em uma reunião que incluirá os 17 países da zona do euro bem como os outros 10 membros da União Europeia. Nesse fim de semana, em Bruxelas, na Bélgica, no entanto, os ministros de Finanças da UE conseguiram chegar a um desenho sobre uma das três questões que sustentam a crise. Eles sugerem um aporte de 108 bilhões de euros para impulsionar as reservas de capital de cerca de 90 bancos enfraquecidos por sua exposição às dividas soberanas. Ainda existem vários conflitos nos outros dois pilares do pacote: o fundo de ajuda de 440 bilhões de euros para o bloco e a revisão da crescente dívida pública da Grécia. A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, também pressionam o primeiro-ministro italiano, Silvio Ber­­lusconi, a adotar medidas ex­­­pressivas para reduzir o alto nível da dívida de seu país.

O quase colapso do banco franco-belga Dexia no início deste mês aumentou a urgência para que as reservas de capital dos bancos contra choques financeiros sejam elevadas. O Dexia tinha passado facilmente na última rodada dos testes estresse dos bancos europeus.

Além disso, os países da zona do euro estão tentando combinar duas opções para impulsionar o fundo de ajuda para a região, através da criação de um fundo que capte recursos fora da UE para que equilibre a Linha de Estabilidade Financeira Euro­­peia (EFSF, na sigla em inglês). Uma captação da ordem de US$ 139 bilhões teria sido cogitada. A combinação de dois grandes fundos criaria uma proteção extra contra a expansão da crise da dívida e convenceria investidores que a Itália e a Es­­panha não estão em risco.

O ministro das Finanças da Suécia, Anders Borg, disse que eles concordaram nas fundações de um plano, mas que ainda há detalhes a serem acertados, como a meta de capital bancário, que seria em torno de 9%, e também sobre de quanto será o desconto aplicado aos títulos de países da zona do euro – falou-se em algo em torno de 40% a 60%.

O tamanho da recapitalização depende em parte de quanto será o haircut (ou desconto) que os governos pedirão aos credores privados da Grécia (quanto maior o corte, maiores as perdas dos bancos europeus). A habilidade dos governos de reduzir as perdas nos resultados dos bancos dependerá da força do fundo de ajuda, o EFSF.

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