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Steve Jobs não se contentou em melhorar o que já existia. Sua genialidade ficou óbvia ao inventar produtos completamente novos, criando demanda para coisas que os consumidores ainda não sabiam que queriam. Walter Isaacson, autor da aguardada biografia do fundador da Apple, a ser lançada no próximo dia 24, diz que Jobs revolucionou seis indústrias: computadores pessoais, filmes de animação, música, telefones, tablets e publicação digital. Saiba um pouco mais sobre como ele mudou esses mercados .

Animação

Luxury Jr (ou Luxo Junior) é o personagem da primeira produção da Pixar. A maior empresa de animação do mundo, criada por Steve Jobs em 1986, a partir da compra da Graphics Group, da Lucasfilm, por US$ 10 milhões, levaria o empresário visionário a se tornar, 20 anos depois, o maior acionista individual da Disney – por um preço 750 vezes maior. Antes focada na produção e venda de equipamentos de informática, a Pixar mudou de direção graças a Jobs e revolucionou a computação gráfica, colecionando prêmios por animações como Toy Story (1995) e Procurando Nemo (2003). Sob o novo comando da Disney, a empresa produziu boas continuações e novos títulos de sucesso.

Música

Enquanto muitos se preocupavam em como barrar a pirataria de CDs, propondo até a volta dos LPs, Steve Jobs propôs um aparelho em que você pudesse ouvir música onde estivesse, o iPod (2001), e uma nova forma de buscar e comprar as faixas individualmente, pela internet, o aplicativo iTunes (2003). Essa portabilidade da música talvez seja um dos principais legados do empresário. Em sua introdução do iPod ao mundo, o executivo falou dos pontos-chave que fizeram do acessório eletrônico um sucesso: era inédito, não tinha nenhum líder de mercado com quem competir e tinha um mercado enorme, porque "a música faz parte da vida de todos".

Computador pessoal

Ao lado de Steve Wozniak, com quem fundou a Apple, Jobs ajudou a popularizar a ideia do computador pessoal. Até 1980, pouca gente imaginava a ideia de um computador dentro de casa. O lançamento do Apple II, em 1977, um computador de 8-bits, foi o primeiro a levar ao mercado uma interface acessível a leigos. Em pouco tempo, o PC se tornou um eletrodoméstico como qualquer outro, e também revolucionou a maneira como as pessoas trabalham. Ainda que hoje o termo PC (personal computer) seja usado para máquinas que usam processador Intel e rodam software Windows, os computadores, sejam Mac ou PC, são o que são hoje graças ao Apple II.

Telefone

No evento de lançamento do iPhone, logo que subiu ao palco, Steve Jobs anunciou a chegada de três novos produtos da Apple: um telefone, um iPod e uma nova maneira de acessar a internet. Como se sabe, ele estava jogando com a plateia – na verdade, a empresa estava lançando um único produto com as três características. O iPhone, o celular multi-touch que já vendeu mais de 300 milhões de unidades desde seu lançamento, foi pioneiro na era dos smartphones. Com sua tela sensível ao toque, o design minimalista e o conceito de aplicativos, o iPhone abriu caminho para uma enxurrada de celulares similares.

Tablet

Da mesma forma que ajudou a impulsionar a era dos computadores, Steve Jobs decretou a sua morte. Quando anunciou a chegada do iPad, Jobs profetizou a "era pós-PC", em que os usuários colocariam todo seu conteúdo na nuvem e passariam a utilizar um produto com menor poder de processamento: o tablet. O produto ainda está se estabelecendo no mercado – uns acham que substituirá o notebook, outros que será apenas um aparelho complementar –, mas sem dúvida o iPad é um sucesso de vendas. Em 28 dias, 1 milhão de unidades foram comercializadas. Com a vantagem de ter criado um mercado, a Apple domina hoje mais de 65% do mercado de tablets no mundo.

Publicação digital

Jobs ajudou a mudar a indústria da publicação com pelo menos três produtos: o computador pessoal, o iPhone e o iPad. A chegada desses aparelhos tornou obsoleta a ideia da publicação como uma indústria cara e que exige grandes equipamentos. Assim como toda a indústria musical foi afetada com a chegada do iPod, Jobs quis transformar a publicação de revistas e jornais com o lançamento do iPad. No caso do iPhone, foi a oportunidade de levar todo o conteúdo a qualquer lugar. E-mails e documentos não estavam mais "presos" a um computador. Além disso, com o conceito de apps, uma infinidade de serviços e produtos puderam se aproveitar da plataforma para inovar –como jogos, geolocalização e informação.

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