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Setenta e oito produtos comercializados no Paraná foram reprovados pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) em uma fiscalização voltada aos itens que compõem a cesta básica. A vistoria foi realizada em todo o estado entre os dias 9 de setembro e 29 de outubro, e teve os resultados divulgados na manhã desta quarta-feira (4). Mais de 10 mil itens foram examinados em 300 estabelecimentos. O principal problema apresentado foi falta quantitativa do produto, presente em 69 dos 78 itens irregulares. Os outros nove autos de infração expedidos pelo órgão foram em razão de irregularidades na embalagem, por problemas como falta ou erro em informações.

De acordo com o gerente de Pré-Medidos do Ipem, Sergio Camargo, quase todas as classes de produtos da cesta básica apresentaram problemas em alguma marca analisada. Houve falta quantitativa em embalagens de arroz, macarrão, farinha de trigo, biscoito, açúcar, feijão, café, sal, carne, leite e óleo de soja. Dos 10 mil itens pré-examinados, 150 apresentaram suspeita de irregularidade e foram coletados para análises nos laboratórios do Ipem. Destes, 72 estavam dentro das normas.

Foram encontrados reprovados produtos coletados em Curitiba, Guarapuava, Cascavel e Maringá. Em Londrina não foi encontrada nenhuma irregularidade nos itens verificados.

Conforme explica Camargo, as empresas responsáveis por embalar os produtos têm dez dias úteis, a partir do recebimento do auto de infração para apresentar defesa prévia. "Independentemente da apresentação ou não da justificativa, os casos serão julgados pelo departamento jurídico do Ipem", diz. "O que a nota explicativa pode fazer é reduzir a sanção que será aplicada". Segundo o gerente, as companhias notificadas podem receber multas que variam de R$ 200 a R$ 1,5 milhão, dependendo de fatores como o porte da empresa, o nível de infração e o tipo de produto que apresentou irregularidade.

De acordo com Camargo, as empresas são sempre orientadas pelos técnicos do Ipem para considerar fatores que possam causar alteração na quantidade do produto durante o processo de envase. "Os resultados demonstram que nem sempre essa orientação está sendo seguida", disse o gerente do Ipem à Agência Estadual de Notícias, órgão oficial do governo do estado.

Orientações

Apesar de a fiscalização de produtos alimentícios fazer parte da rotina do Ipem, o órgão orienta os consumidores para que, na hora das compras, aproveitem as balanças existentes nos estabelecimentos comerciais para executar sua própria conferência, e deixem de levar aqueles que apresentarem irregularidades.

A conferência, no entanto, só pode ser feita com produtos que tem a quantidade indicada em massa, pois os que têm sua indicação em volume só podem ter sua real quantidade avaliada nos laboratórios.

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