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Mesmo após registrar prejuízo recordes e precisar de US$ 180 bilhões do governo dos EUA para não ir à falência, a seguradora AIG vai distribuir cerca de US$ 165 milhões em bônus e premiações a seus funcionários esta semana, segundo reportagem do jornal "The New York Times" publicada neste domingo (15).

De acordo com o jornal, na última semana, a informação de que seriam feitos pagamentos para a unidade de produtos financeiros da AIG - a mesma que levou a empresa à beira da falência, com prejuízo de US$ 99 bilhões em 2008 - despertou indignação dentro do governo americano.

Pedido do governo

O secretário do Tesouro do país, Timothy Geithner, teria procurrado a direção da companhia, dizendo que os pagamentos eram inaceitáveis e pedindo que eles fossem renegociados.

No entanto, o presidente da AIG, Edward Liddy, explicou que os bônus não podem ser cancelados devido ao risco de processos judiciais por quebra de contrato. Hoje, a maior parte das ações do grupo está nas mãos do próprio governo americano.

Segundo a matéria, a empresa chegou a cortar o pagamento de alguns bônus, mas sem envolvimento com a unidade de produtos financeiros.

No total, o plano de pagamento de bônus cobre cerca de 400 empregados e inclui valores individuais para funcionários que variam desde US$ 1 mil até o pagamento de US$ 6,5 milhões.

Reações

"É um escândalo!", esbravejou Larry Summers, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, em entrevista hoje à emissora rede de televisão "ABC". No entanto, ele afirmou que os Estados Unidos "são um país de leis, há contratos e o Governo não pode revogá-los".

A reação no Congresso foi parecida. O democrata Barney Frank, presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara de Representantes (Deputados), disse à TV "Fox News", que o Governo deveria ter imposto à AIG "regras mais estritas desde o início" em troca de fornecer dinheiro público.

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