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Rio (AG) – Segundo dados do grupo anti-spam Spamhaus, entre 70% e 80% dos spams que trafegam pelo ciberespaço têm como origem as chamadas "máquinas comprometidas" (invadidas e/ou contaminadas). Tendo em vista que a maior parte dos spams vem de conexões banda larga, a Comissão de Trabalho Anti-Spam do Comitê Gestor da Internet no Brasil está batalhando junto às operadoras de telecomunicações para que elas façam o bloqueio da porta 25, usada para envio de e-mails.

Esta é apenas uma das ações a que o grupo, nascido em 2005, se propõe. No cronograma de atividades estava a criação de um site com o propósito de informar e educar as pessoas sobre spam. Pois na semana passada o primeiro dever de casa foi cumprido.

O site Antispam.br (www.antispam.br) é mais uma das armas de que o Comitê Gestor lança mão para combater a praga virtual que, só em janeiro, cresceu 46% no Brasil. Segundo o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert.br), laboratório de pesquisa anti-spam mantido pelo CGI.br, em janeiro foram reportadas espontaneamente 286,7 mil mensagens não solicitadas, número 46% superior às notificações recebidas no mês anterior. Em 2005, foram enviadas ao Cert.br 2,4 milhões de reclamações de spam.

Além da batalha junto às teles pelo bloqueio da porta 25, que não atrapalha o envio de e-mails, a comissão também tem apoiado iniciativas para a criação de projetos de lei que punam spammers. Já há um estudo neste sentido em andamento na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Existe ainda uma articulação internacional, que pretende ampliar o debate com outros países para que o spam seja tratado como um problema sem fronteiras. "Spam é um problema internacional e cada país tem que fazer a sua parte. O Brasil é o sexto país do mundo em número de spams, mas somos quase 2% da internet mundial. Não somos os piores, mas precisamos fazer a nossa parte também", diz Henrique Faulhaber, coordenador da comissão antispam do CGI.

O site Antispam foi desenvolvido visando a dois públicos distintos: o usuário doméstico e os administradores de rede, que implementarão as políticas de segurança nas empresas. Na parte do usuário comum, dicas simples de como proteger o micro, curiosidades sobre o termo spam e a história da praga virtual, assim como dicas de como identificar e denunciar spammers.

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