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Os supermercadistas paranaenses abrem hoje sua grande convenção anual. O Paraná tem 2.771 supermercados, que faturam em média R$ 10,4 bilhões ao ano e geram 60 mil empregos diretos. Do total de lojas, 850 fazem parte da Apras – número que representa 30% em supermercados e 85% em vendas no Estado. A média dos domicílios curitibanos faz 11 visitas mensais aos supermercados, maior que a média brasileira, com um gasto mensal de R$151.

A Mercosuper 2010 vai até terça-feira, no Expotrade Pinhais. A feira deve receber 48 mil visitantes.

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Recuperado da enchente

Prejudicado no início do ano passado pelos estragos provocados pela enchente do fim de 2008, o Porto de Navegantes (Portonave) comemora o crescimento da demanda. Em março, terminal alcançou seu maior volume de movimentação desde a inauguração no fim de 2007: 54 mil TEUs (medida que equivale a um contêiner de 20 pés). No primeiro trimestre, as importações em Navegantes subiram 193, na comparação com o primeiro trimestre de 2009, enquanto as exportações cresceram 42,5%.

Desafio

Antes mesmo de começar a disputa, o Paraná já faz bonito no Desafio Sebrae. É o estado com maior número de inscrições para o jogo virtual de empreendedorismo. São 21.196 estudantes das universidades do estado, mais do que o número de paulistas. Eles vão formar mais de quatro mil equipes e participar de provas que medem competências como liderança e administração de conflitos. Os vencedores serão conhecidos em dezembro, depois de várias provas de conhecimento e estratégia.

Expansão

A rede de salões de beleza Lady&Lord abre a primeira filial no interior do Paraná no começo de maio. A unidade de Maringá recebeu investimentos de R$ 1,5 milhão e tem 600 metros quadrados. A estimativa inicial é de 2 mil atendimentos por mês. Mas o potencial é de que este número seja três vezes maior em 18 meses. Na capital, são seis salões, além de uma escola, e a marca também está em Florianópolis.

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Sabor paranaense em terras polonesas

Um contêiner carregado de produtos da agricultura orgânica paranaense embarcou na semana passada rumo à Polônia sob a expectativa de conquistar um novo mercado e cair no gosto do consumidor do leste europeu. Dentre os produtos exportados estão mais de uma tonelada de café verde, 200 quilos de café embalado a vácuo, uma tonelada de açúcar mascavo, além de erva-mate, cuias e bombas de chimarrão produzidas na região Oeste do estado.

Em entrevista ao repórter Alexandre Costa Nascimento, o trader e consultor em negócios internacionais Heroldo Secco Junior (foto), responsável pela operação, conta que, apesar do volume considerado pequeno para os padrões do comércio internacional, esse tipo de iniciativa tem um grande potencial de criar um mercado cativo, incentivando os pequenos agricultores filiados às cooperativas locais.

Como foi possível desbravar esse mercado?

Iniciamos o trabalho com um empresário polonês, que conheceu a erva-mate na Argentina, se apaixonou, e abriu uma rede de "Tea Shops", chamada Oranzada, para difundir o chimarrão naquele país. Nos aproximamos dele em uma feira internacional de café e chás, realizada na Suíça, e ele se encantou com o sabor e a qualidade da nossa erva-mate, concretizando essa primeira venda.

Quais os valores dessa negociação ?

Preferimos não revelar. Mas, mais importante do que o valor da venda é o seu significado e importância. Essa exportação incentivou os produtores locais, que estavam desanimados com o mercado interno, a continuar investindo na produção de orgânicos. Com calma, e com operações pequenas como essa, conseguiremos abrir uma excelente frente de negócios, com a perspectiva de criar uma demanda constante.

O que deve fazer com que um polonês opte por um café, chá ou açúcar brasileiros?

Em primeiro lugar, a sustentabilidade. Nossos produtos são produzidos de uma maneira sustentável, com culturas integradas à mata nativa, protegendo o meio ambiente. Também conquistamos pelo sabor e, em função dos volumes embarcados maiores, conseguimos um barateamento do preço final, o que significa competitividade, condição fundamental para atuar no mercado externo.

Quais serão os canais de distribuição desses produtos na Europa?

Além da própria rede Oranzada, os produtos também serão distribuídos, à partir da Polônia, para mercados especializados da Finlândia, Alemanha e Dinamarca. Além disso, as vendas pela internet podem expandir ainda mais o alcance destes produtos no mercado europeu.

Que outros produtos paranaenses têm potencial de mercado naquela região?

A grande procura hoje, que não temos como atender, é por ervas, especiarias e chás orgânicos, tanto processados quanto in natura. E quando digo que não temos como atender é porque não encontramos esses itens na quantidade necessária e no preço que o mercado está pagando. Geralmente, em se tratando de mercado externo, o produtor espera um preço estratosférico pelo seu produto. Mas a competição internacional é muito grande, sem contar que o custo Brasil deixa, de início, o produto brasileiro entre 20% e 40% mais caro.

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