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Imagem do Crysis 2 e do protagonista Nanosuit e sua armadura que dá superpoderes: "a melhor parte do game" | Divulgação
Imagem do Crysis 2 e do protagonista Nanosuit e sua armadura que dá superpoderes: "a melhor parte do game"| Foto: Divulgação

Ficha técnica

Crysis 2

- Plataforma: PC, Xbox 360 e PS3

- Produtora: Crytek - Categoria: Tiros

- Preço: R$ 100 (Steam), R$ 199 nas lojas

- Pró: Desbunde gráfico

- Contra: Menos ambientes a serem explorados

A primeira coisa a se fazer quando se instala Crysis 2, lançado na semana passada para PC, PS3 e Xbox 360, é regular o sistema para exibir uma imagem intermediária. A não ser que o sujeito tenha gastado muito nos últimos meses para equipar o computador com aquelas placas gráficas que custam na casa dos quatro dígitos. Não é o caso deste colunista, que tem náuseas só de pensar em abrir o gabinete para saber se as placas são compatíveis ou coisas do tipo. A primeira versão do jogo era explicitamente dedicada aos entusiastas de performance. Tanto é que o título ficou muito mais associado como um benchmark de mercado, usado como referência para medir o desempenho gráfico, do que como um bom jogo.

Se pudesse resumir em apenas um motivo, Crysis foi criado para mostrar o máximo da computação atual. Para se ter uma ideia, o primeiro jogo da produtora Cryteck, que chegou ao mercado em 2007, ainda não roda de maneira satisfatória na maioria dos computadores que é vendida atualmente. Agora, caros leitores, imaginem o investimento necessário para conseguir tirar tudo da nova versão. Oficialmen­te, é recomendado que o jogador tenha em mãos um Core 2 Duo 2.66GHz com uma placa de vídeo GTX280 ou HD4870. Em testes reais, no entanto, a configuração se mostra insuficiente, fazendo o game rodar a 30 quadros por segundo – o ideal para jogos de tiros são 60 quadros constantes. Para ter um desempenho fluído e que mostra as reais qualidades do lançamento, com direito a usar diversos filtros que melhoram as texturas e resoluções, é necessário ter em casa um Core i7 de 3GHz com uma placa de vídeo GTX560Ti ou HD4870 X2. Con­figuração que passa brincando dos R$ 3,5 mil.

A boa notícia é que o novo motor gráfico, CryEngine 3, permite que Crysis 2 rode tanto em computadores como em videogames. Haverá gritantes diferenças gráficas entre as duas plataformas, mas a experiência será muito parecida. Por outro lado, a versão para PC chega a custar a metade do preço. Na Steam, que vende exclusivamente pela internet, dá para comprar por cerca de R$ 100.

Se o leitor reparar, a metade desta coluna foi dedicada a descrever aspectos técnicos e ainda nem chegou a falar sobre do que se trata o jogo. É um exemplo de como Crysis está associado à tecnologia de ponta. Mesmo assim, é hora de falar da história.

A primeira mudança, drástica, para quem jogou a primeira versão foi a mudança de ambiente. O cenário bucólico em guerra em uma gigantesca e detalhada selva dá lugar para uma Nova York destruída e, também, em guerra. Os desenvolvedores afirmam se tratar de uma selva urbana. Pode ser. O fato é que houve uma grande redução na liberdade de exploração de cenário, tornando o jogo bem mais linear que seu antecessor. A história é sequência direta e se situa três anos após o término de Crysis. Alienígenas querem, novamente, dominar o mundo. Adivi­nhem quem está munido das armas mais poderosas do planeta para defender a Terra? Tanta criatividade veio da mente do autor de ficção científica britânico Richard Morgan, quem tem alguns best-sellers no currículo, contratado a peso de ouro. Diz: "A mídia tem o potencial para contar histórias emocionantes e emocionalmente carregado de literatura e cinema".

Além dos gráficos, sempre eles, a melhor parte de Crysis 2 é a armadura Nanosuit, que dá super poderes ao protagonista. Com ela, torna-se mais fácil enfrentar os inimigos, que contam com uma bem calibrada inteligência artificial. O exoesqueleto permite ao personagem ficar invisível por alguns segundos. Como jogo, o título não traz grandes avanços de linguagem. Faz bem feito tudo aquilo que já é encontrado nos concorrentes, com especial inspiração na jogabilidade de Call of Duty. Os desenvolvedores são pragmáticos e é muito difícil apontar problemas, principalmente técnicos, no produto final. O que mais falta, aparentemente, é personalidade.

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