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Dentre os desafios en-contrados pelo trabalhador, a maioria está relacionada à empregabilidade. As mudanças ocorridas no país desde a década de 90 aliadas às tendências mundiais de terceirização e redução de custos (com cortes no quadro de pessoal) criaram a necessidade de um superprofissional.

Andréa Barcellos Gauté, gerente da assessoria em gestão de recursos humanos da KPMG, diz que mudou o perfil dos clientes, que ficaram mais exigentes, e por isso a tendência é de que os produtos e serviços fiquem cada vez melhores e mais diferenciados. Para responder a esta demanda, é necessária muita qualificação, com cursos e leitura. "Estamos na era do conhecimento, da aprendizagem contínua", diz. No entanto, Andréa alerta que é preciso uma gestão do conhecimento, já que existem muitas fontes de informação disponíveis hoje em dia. "Não dá mais para ficar 100% atualizado e não adianta ficar sem saber como aplicar todo este conteúdo."

A professora Nancy Malschitzky, coordenadora do Núcleo de Empregabilidade do Centro Universitário FAE (Unifae), complementa a lista de exigências do profissional contemporâneo com o perfil de liderança e a habilidade em relacionamento interpessoal. "A pessoa precisa entender as pessoas que estão com ela e se adaptar à cultura da empresa", avalia. Segundo ela, o profissional deve parecer um líder, mesmo se não tiver um cargo de chefia, para conduzir seus colegas à inovação e ir em busca de soluções. Aliás, alguém que não precisa receber ordens para resolver os problemas da empresa tem emprego garantido, de acordo com a professora.

Além disso, é importante ter fluência verbal, para expor projetos e fazer o marketing pessoal, que é nada mais do que saber mostrar suas qualidades. Aliada a essas características vem a indefectível rede de contatos, sempre citada quando o assunto é conseguir emprego ou trazer negócios para a empresa. "É fundamental, quando se está empregado ou fora do mercado de trabalho", justifica Nancy. Outro ponto requisitado no trabalhador de hoje é comprometimento. Ou seja, é preciso entender do negócio da empresa e conhecer seus clientes. "O funcionário deve defender a empresa como se fosse parte de sua vida. Ele trabalha bastante e, se algo der errado, assume a responsabilidade." (MS)

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