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"Bloco de emergentes" contra a crise

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu ontem que os chamados Brics (Brasil, Rússia, China, África do Sul e Índia) atuem de forma coordenada contra os efeitos da crise econômica. Segundo ele, essa é a intenção do ministro Guido Mantega.

"Nós temos um enorme comércio com esses países [os Brics], que é crescente, e no entanto, não se pode deixar à mercê de dificuldades de crédito que possam vir de problemas dos países ricos", afirmou Amorim. Ele acrescentou que sugeriu ainda ao ministro da Fazenda que o mesmo tipo de ação seja feita também entre os países do Mercosul.

Folhapress

Atendendo a um pedido do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, atual presidente do G-20 financeiro, convocou para o próximo sábado uma reunião do grupo para discutir os desdobramentos da crise financeira sobre a economia mundial. O G-20 financeiro é formado por ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais dos 19 países mais ricos do mundo, mais a União Européia.

A reunião ocorrerá na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington. "No exercício da presidência do G-20 financeiro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, decidiu convocar reunião extraordinária dos ministros de Fazenda, presidentes de bancos centrais e integrantes do bloco. O objetivo é discutir os aspectos da crise financeira mundial e seu impacto na economia global", informou o Ministério da Fazenda em nota à imprensa.

Segundo um assessor de Mantega, o secretário americano Henry Paulson deve abrir o evento, falando sobre a crise do ponto de vista dos Estados Unidos. Também está previsto discurso do ministro brasileiro, além de uma apresentação de um representante do Ministério da Fazenda chinês. O presidente do BC brasileiro, Henrique Meirelles, também deve participar do evento.

Com o pedido para realização do evento, Paulson deixa claro que os Estados Unidos querem atuar com alguma coordenação com as principais economias do planeta para enfrentar essa crise, considerada a pior pelo menos desde o crash de 1929.

O G-20 financeiro já tinha uma reunião prevista para ocorrer no Brasil em novembro, mas, diante da gravidade da situação internacional, considerou-se necessário uma rodada de conversas mais próxima, aproveitando-se da reunião do FMI que começará hoje em Washington.

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