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O gerente Fabiano Fenelon está à frente de uma equipe de 50 funcionários próprios e terceirizados no GVT Labs: a meta é inovar sempre | Henry Milléo/Gazeta do Povo
O gerente Fabiano Fenelon está à frente de uma equipe de 50 funcionários próprios e terceirizados no GVT Labs: a meta é inovar sempre| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Human lab

A Positivo Informática também possui um departamento específico dedicado à inovação, com foco na produção de aplicativos e programas embarcados nos PCs da marca. A área, chamada de Human Lab, é responsável por fazer pesquisas de comportamento dos usuários, identificar expectativas e barreiras e pensar em conteúdos relacionados às necessidades dos consumidores, em temas variados como esporte, música, beleza e saúde. O app Positivo Verde e Amarelo, relacionado à Copa, é um dos resultados, assim como o Positivo Mídia, um player de músicas e vídeos. A empresa não informa, porém, quantos profissionais atuam no departamento.

Missão

Departamento também é responsável por implantar "cultura da inovação"

Além de pensar em novos produtos e serviços fora do core business da empresa, o GVT Labs é responsável por fomentar uma "cultura da inovação" entre os colaboradores, além de buscar parcerias com startups, universidades e o poder público. Entre as medidas tomadas pelo departamento estão os chamados "Innovation Insights", relatórios enviados a cada trimestre para os executivos de diferentes áreas, destacando análises de mercado e possibilidade de novos negócios em segmentos como publicidade on-line, música digital e cloud games.

O GVT Labs também planeja para o segundo semestre o "Innovation Day", evento voltado para todos os colaboradores que se desenrolará durante todo o dia, a fim de destacar tendências e serviços inovadores do mercado. Outra atração que surgirá em breve é o Espaço Inovação, ambiente trazido da antiga sede na Rua Lourenço Pinto que mostra o que seria a casa do futuro de um cliente da GVT, com simulações de automação residencial e testes de produtos.

A empresa não informa qual foi o investimento em serviços desenvolvidos recentemente, como o app GVT Freedom. Em geral, o Capex (gastos em capital) do GVT Labs gira em torno de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões por ano, recursos que bancam pagamento dos funcionários, aquisição de equipamentos e produção de protótipos, entre outras despesas.

R$ 3 milhões é o Capex anual do GVT Labs. Os recursos bancam pagamento dos funcionários, aquisição de equipamentos e produção de protótipos, entre outras despesas.

Há de tudo um pouco em uma certa equipe instalada no 8.º andar do prédio que abriga a nova sede da GVT, no Jardim Botânico, em Curitiba. Ali, lado a lado, se aglomeram 50 profissionais das mais variadas áreas, como engenheiros, desenvolvedores, jornalistas, economistas e designers, que compartilham uma única missão: idealizar produtos e serviços que fogem das operações tradicionais da empresa e podem, a curto ou longo prazo, gerar novas receitas. O departamento, chamado de GVT Labs, foi um dos fatores que garantiu à operadora figurar este ano no 10.º lugar do ranking das empresas mais inovadoras do Brasil, formulado pela revista Info Exame em parceria com a ESPM.

À frente da equipe – são 30 funcionários próprios e 20 terceirizados – está o gerente sênior de Inovação e Negócios Digitais da GVT, Fabiano Fenelon. O departamento, estruturado há cerca de cinco anos, já rendeu à empresa produtos como o serviço de streaming de música PMC, o portal de conteúdo POP, a própria GVT TV, em 2011 – um dos carros-chefes da empresa –, e, neste ano, o aplicativo Freedom, que funciona como uma "extensão" da linha fixa para celulares. "Novos negócios representam oportunidades de novas receitas para a empresa, o que é importante até por uma questão de sobrevivência. Não olhamos para o operacional, mas sim para o futuro", afirma Fenelon.

Apesar do nome, o GVT Labs está longe de lembrar um laboratório de tecnologia, com aparelhos de última geração. Nas mesas dispostas lado a lado, como em outros setores, as atenções estão voltadas para estudos de mercado, acompanhamento de tendências e desenvolvimentos de projetos – em um primeiro momento, no papel. Cada novo produto ou serviço pensado pelo departamento é apresentado em um dossiê de defesa para os executivos. Assim que o projeto recebe o sinal verde, outras equipes são envolvidas para botar a mão na massa, como as áreas de Tecnologia da Informação (TI) e Novas Tecnologias.

Tempo precioso

Só o desenvolvimento do GVT Freedom, por exemplo, levou cerca de um ano e meio, e contou com os serviços de uma empresa especializada israelense. Com o app, assinantes da GVT podem fazer e receber chamadas do número fixo que têm em casa ou na empresa a partir de celulares e tablets com conexão à internet – o serviço é gratuito e utiliza a franquia de minutos mensal da linha fixa. "Demos longevidade a um serviço que estava em declínio", resume Fenelon. Ele adianta que uma nova versão do app, já em desenvolvimento, receberá outras funcionalidades, como chamadas em vídeo e trocas de mensagens.

Atualmente, 20 projetos estão sendo desenvolvidos, em diferentes fases, pelo GVT Labs. A empresa não dá detalhes, mas reforça que foca em áreas diversas como e-health, automação residencial, computação em nuvem e games.

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