“A TV por assinatura vai sofrer mudanças daqui para frente”, afirmou João Rezende| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou nesta quarta-feira (28) que os serviços de televisão por assinatura têm mostrando um crescimento mais fraco que o “necessário” por conta da deterioração do poder de compra dos brasileiros e de mudanças de tendências de consumo. “De um ano para cá, a TV por assinatura está engasgando um pouco”, disse, durante apresentação no congresso da Futurecom.

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Rezende explicou que a renda de muitos brasileiros tem se enfraquecido, ao mesmo tempo em que outros consumidores têm buscado vídeos sob demanda – como o Netflix, já bastante popular no país – em vez da TV por assinatura.

Segundo ele, a abertura do setor demorou um pouco para acontecer e agora há um “crescimento mais fraco que o necessário”. “A TV por assinatura vai sofrer mudanças daqui para frente”, acrescentou.

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Entre outros segmentos de telecomunicações, o dirigente ressaltou que há uma demanda enfraquecida por telefonia fixa e que a população quer hoje banda larga. O usuário deseja banda larga e, muitas vezes, o serviço de voz é vendido junto com esse serviço, explicou. “O processo de mudança desses perfis é muito grande”, disse.

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Novas tecnologias

João Rezende afirmou também que é preciso buscar novas receitas e que o Brasil está em atraso, por exemplo, em aplicativos. Entre os serviços que devem ganhar espaço, o dirigente citou as tecnologias M2M ou máquina a máquina, como os dispositivos de cobrança automática de pedágios.

“Poderemos ter uma mudança radical nos próximos 10 anos”, disse ao ressaltar que já houve uma redução de tributos no segmento.

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Em entrevista a jornalistas após o painel na Futurecom, Rezende reiterou sua posição a respeito da batalha entre teles e aplicativos: “Não podemos brecar a inovação e temos um imenso caminho para rentabilizar negócios no M2M”, comentou.