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São Paulo (AE) – A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) revisou a estimativa de crescimento do faturamento do setor para zero, ou seja, a entidade acredita que vai repetir o resultado de 2004, quando as vendas totalizaram R$ 45 bilhões. Até o fim do primeiro semestre a entidade projetava um crescimento de vendas de até 15% no ano. Ainda assim, os dados dos seis primeiros meses estão positivos.

As exportações brasileiras de máquinas e equipamentos cresceram 38,9% no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, para US$ 4,106 bilhões. Na mesma base de comparação, as exportações registraram alta de 29%, para US$ 4, 033 bilhões. Os Estados Unidos, a Argentina e o México foram os três principais destinos das máquinas brasileiras. O país comprou principalmente dos Estados Unidos, Alemanha e Itália.

Segundo dados divulgados ontem pela Abimaq, o faturamento nominal do setor cresceu 29,5% nos seis primeiros meses do ano, para R$ 26,679 bilhões, e o nível médio de utilização da capacidade instalada subiu de 80,39% nos seis primeiros meses de 2004 para 82,06% no primeiro semestre. O nível de emprego no setor, sempre na base de comparação semestral, subiu 6,2%.

Segundo o presidente da entidade, Newton de Mello, o consumo de máquinas no país já começa a mostrar esfriamento, uma tendência que, "quando iniciada, é de difícil reversão". O empresário responsabiliza as altas taxas de juros e a "baixíssima" cotação do dólar pelo desempenho do setor. "Como empresários, temos obrigação de fazer um prognóstico do futuro. Embora os indicadores da Abimaq ainda estejam positivos, na média, os números do primeiro semestre começam a mostrar recuo em vários segmentos. Antes, essa queda no consumo estava restrita a máquinas e implementos agrícolas, menos 31% no período", afirmou.

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