As incertezas do cenário externo devem continuar a trazer volatilidade para o mercado acionário brasileiro em maio, após a Bovespa ter cravado em abril o pior desempenho em sete meses.

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Em um pregão morno, espremido entre o fim de semana e o feriado de 1o de maio, o principal índice da bolsa virou nos minutos finais da sessão e fechou em alta de 0,26%, a 61.820 pontos. No mês, o Ibovespa recuou 4,17%, maior queda desde setembro de 2011, quando caiu 7,4%.

O giro financeiro ficou em R$ 4,83 bilhões, volume bem menor do que a média diária de abril.

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A crise europeia, os renovados sinais de fraqueza econômica nos Estados Unidos e a desaceleração na China continuarão no radar de investidores no próximo mês, segundo analistas.

"O cenário é de volatilidade. Se não tiver uma ruptura na zona do euro e se o dólar permanecer nos níveis atuais, pode haver uma porta de entrada de estrangeiros, mas o clima de montanha russa continua", diz Pablo Spyer, chefe da divisão de corretagem na Mirae Securities.

Fatores domésticos também devem exercer pressão adicional, segundo o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto. "O setor financeiro continua no foco, com a briga sobre redução de spreads", diz. "Vale e Petrobras também têm deixado investidores um pouco apreensivos, com a questão do governo cobrando impostos atrasados da mineradora e dos preços controlados de combustível", afirma.

Ontem, a notícia de que a Espanha entrou novamente em recessão e os dados mais fracos da economia norte-americana pressionaram os mercados internacionais.

Na cena doméstica, Petrobras subiu 1,72%, a R$ 21,29, e foi a maior influência de alta para o Ibovespa. Já a ação preferencial da Vale caiu 0,12%, a R$ 41,45.

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OGX, com queda de 2,1%, a R$ 13,23. Na sexta-feira, a OGX anunciou a troca de sua diretoria-executiva, com Paulo Mendonça assumindo o lugar de Eike Batista.

Brasil Foods se manteve ao longo do dia como o destaque de queda e fechou em baixa de 2,76%, a R$ 34,85. Na última sexta-feira, a empresa reportou queda de 60% no lucro líquido do primeiro trimestre e o resultado considerado "muito fraco" por analistas.

Na outra ponta, Copel subiu 3,65%, a R$ 48,29, e foi a líder de alta do índice.