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Na próxima quinta-feira, dia 31 acaba o prazo para que milhões de poupadores peçam na Justiça o ressarcimento das perdas com o Plano Bresser, que ocorreram em 1987. Em junho daquele ano, o governo mudou o índice de correção das cadernetas e estabeleceu que o dinheiro seria remunerado pelo indexador antigo na primeira quinzena. No resto do mês, o novo índice seria usado. Entretanto, os bancos aplicaram o novo em todo o mês. Segundo cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), atualizando os valores, o consumidor cuja poupança somasse R$ 10 mil recebeu R$1.802 de correção, quando o correto seriam R$ 2.606, R$ 804 a mais. A perda chega a 44,62%.

Os consumidores têm até 31 de maio para pleitear a diferença porque o direito prescreve após 20 anos. Caso contrário, o dinheiro ficará para o banco.

A estimativa do site Financeiro 24 horas é de que 80 milhões de clientes têm direito à indenização. De acordo com o consultor da instituição, Reinaldo Domingos, apenas 20% dos poupadores da época já entraram com o pedido. Segundo ele, o valor que está nas mãos dos bancos pode chegar a R$ 1,6 trilhão. Mas o volume total da reposição das perdas e a quantidade de lesados é difícil de ser medida porque só os bancos detêm essas informações.

Bancos devem dar extrato

Antes de procurar a Justiça, os correntistas devem procurar os bancos nos quais tinham conta e pedir o extrato da época. É melhor fazer isso logo no início da semana, já que, provavelmente, isto não será feito na hora. As instituições são obrigads por lei a manter as informações de seus correntistas pelos menos 20 anos de prazo da ação. Ou seja, se um banco comprou outro, ele deve guardar os cadastros daquele que adquiriu. O Banco Central (BC) informou que, caso tenham dificuldade em obter os extratos, os clientes podem registrar queixa no órgão.

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